Não é sobre o que você fala e sim sobre como você fala

Quando o tema é evitar confrontos no casamento, a primeira coisa que pensamos é que a única forma de fugir de uma discussão é usando o famoso “deixa para lá”. Assim, ninguém sai ferido, ninguém ofende ninguém e tudo acaba bem. Certo?

conversa-casamento
Reprodução/Adobe Stock

Errado! Jogar a sujeira para baixo do tapete pode fazer do seu casamento um campo minado e um assunto que poderia ser resolvido com cinco minutos de conversa pode virar o motivo de separação.

Partindo da ideia que devemos comunicar tudo que nos desagrada no relacionamento, vamos pensar que a forma de comunicar esse descontentamento é a chave para uma conversa produtiva que trará resultados positivos ao casamento.

Só um adendo: Esse “tudo que nos desagrada” dito anteriormente deve ser lido com sabedoria e bom senso, lembrando que o casamento é feito de duas pessoas imperfeitas. Isso posto, vamos lá:

O início desse diálogo é que vai ditar o resultado. Uma conversa que começa com acusações, rótulos ou ironia não tende a acabar bem. Posso afirmar sem medo de errar que frases taxativas como “você nunca” ou “você sempre”, não são bem-vindas. Isso porque estamos julgando determinada atitude como um padrão e pode não ser exatamente o que queremos dizer e nem a realidade dos fatos.

Veja mais:

Outro veneno para uma boa conversa é começar com um rótulo de acusação: “você é folgado”. A acusação ativa a necessidade de defesa e por mais que a sequência da frase seja positiva (coisas do tipo: você é folgado mas eu te amo) quem recebeu a acusação vai bloquear o sentimento positivo do elogio. E aí, já sabemos onde essa conversa vai para, não é?

O psicólogo norte-americano Marshall B. Rosenberg em seu livro Comunicação Não Violenta – Técnicas para Aprimorar Relacionamentos Pessoais e Profissionais, sugere 4 passos padrões para comunicar qualquer tipo de desconforto nas relações, são eles: Trazer o fato para a consciência, comunicar qual o sentimento isso gerou, o que podemos perder com tal atitude e o que se espera nas próximas vezes com um pedido específico.

Vamos pensar que o marido tem o terrível costume de deixar roupas sujas no chão do quarto, um exemplo bem clássico e simples. Vamos às opções de comunicação:

  • “Você é muito preguiçoso mesmo, novamente deixou a roupa ali, nunca me ajuda e sempre deixa tudo desorganizado, você acha que sou sua empregada”?
  • “Percebi novamente a roupa suja no chão (fato), deixei a casa tão organizada e fiquei chateada por você não cooperar (como me sinto), você poderia levar suas roupas no cesto para mantermos o ambiente organizado (pedido específico)”?

Percebem a diferença?

Obviamente que você vai me perguntar de onde devemos tirar essa paciência, já que quando o sangue sobe a vontade é de pegar a roupa e jogar pela janela. Respondo com toda a certeza e com a experiência de quem já impactou dezenas de famílias nos atendimentos à casais: Casamento é uma decisão, uma escolha diária de fazer dar certo. Muitas vezes o outro não vai atender nossa expectativa, mas ainda assim, o saldo do relacionamento pode ser positivo. A caixinha onde a paciência é guardada se chama: Amor e empatia.

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