Disputa pelo carro elétrico mais barato do Brasil: Renault x JAC x Caoa-Chery

O mercado brasileiro de automóveis passa por uma de suas fases mais delicadas quando o assunto é preço! Veículos populares quase não existem, ao mesmo tempo que carros elétricos ganham espaço.

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Isso porque, atualmente, boa parte das empresas buscam reduzir suas emissões de carbono, e carros mais sustentáveis se tornaram o foco da indústria.

O resultado é que uma disputa está surgindo no Brasil: o carro elétrico mais barato!

De início, vale adiantar que o mais barato não necessariamente é barato para todos, já que o ticket médio desses carros é de R$ 150 mil.

Assim, hoje temos três modelos 0 km: JAC Motors e-JS1 por R$ 145.990,00; Renault Kwid E-Tech por R$ 149.990,00; e Caoa-Chery iCar por R$ 149.900,00.

Dois chineses e um francês, só que bem na realidade, três chineses, visto que o Kwid é desenvolvido para o mercado chinês.

Falando dos números, temos potência e torque muito parecido, com algo ao redor de 50/60 cv, 0-50 km/h em 4/5s e autonomia na casa de 280 km para todos.

No final das contas, o que muda é a proposta de cada um, já que o Kwid leva quatro ocupantes, compartilha boa parte das peças com o modelo à combustão e é nitidamente um carro para trabalho.

Enquanto isso, o JAC é desenvolvido em parceria com a Volkswagen na China, com um interior mais tecnológico e levando cinco ocupantes.

Por fim, o iCar é o mais diferente, com somente duas portas, teto de vidro fixo, carroceria toda em plástico e até bancos elétricos. Um típico carro desenvolvido para a cidade, mas com pouca proposta comercial.

O resultado dessa briga é que mesmo na casa dos R$ 150 mil, Kwid e e-JS1 atingem nitidamente dois públicos: frotas e motoristas de aplicativo. Isso porque as frotas buscam reduzir as emissões e o custo de rodagem – e com os dois é possível rodar 200 km com cerca de R$ 20,00.

Especificamente para aplicativos, temos aqui um nicho em que os carros fazem ainda mais sentido, já que não é difícil encontrar motoristas que gastam mais de R$ 5.000,00 com combustível por mês – e acabam optando por assumir a parcela de um elétrico e gastar R$ 700/900 de eletricidade.

No final das contas, temos um nicho que chega aos poucos, olhando diretamente para um futuro mercado em expansão e que deve ganhar volume. Difícil falar em superioridade entres os três modelos, mas o JAC e Caoa-Chery chamam atenção pelo estilo, enquanto o Kwid pelo custo mais baixo das peças – justamente por ser idêntico ao Kwid à combustão!

Sobre o autor

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Mateus Afonso (@mateussafonso) é especialista em mobilidade sustentável, Mateus é fundador da Eletricarbr e Palestrante sobre carros elétricos e híbridos. Com mais de 50.000 km rodados com carros eletrificados, o “futuro dos carros passa por zerar as emissões”.

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