Mulheres e crianças na arquibancada

O Campeonato Paranaense, para os times que vão jogar a Série A do Brasileirão, serve pra ajustar e, como numa pré-temporada, testar jogadores. É o que fazem Athletico e Coritiba. Rodam o elenco, testam posicionamentos e esquemas táticos, coisas que o torcedor mais aficionado vê, mas passam batido pela parte da arquibancada que só quer comemorar gols, sentir o calor do estádio e curtir um programa de verão.

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Foto: José Tramontin/athletico.com.br

O que mais me impactou até aqui nem foram os times, que ainda precisam entrar no ritmo ideal, o que vai levar ainda mais uma ou duas rodadas, até o clássico. Mas as torcidas feitas por mulheres e crianças foi uma das coisas mais legais que vão ficar na memória, quando terminar 2023.

Uma punição nos tribunais acabou favorecendo um pedido dos dois clubes da Capital, para que o estádio sem torcida pudesse reverter para a sugestão de colocar na arquibancada apenas crianças e mulheres. E não só deu certo, como muita gente já pensa que outras partidas possam ter mulheres e crianças, mesmo sem punição. Na verdade, isto é muito por culpa dos homens que não sabem torcer. Uma briga entre torcedores no Couto Pereira provocou a punição. Uma das centenas de brigas de torcidas, tão terríveis quanto normais nos dias de hoje.

Que fique o exemplo, o som agudo das vozes da torcida, que fiquem os exemplos de reflexão, em que, para punir marmanjos que não sabem torcer, outros homens de bem tenham que ser impedidos de ir ao estádio e ver as mulheres e crianças dando um show, mostrando como é que se torce, como é que se comporta na arquibancada. Quando as crianças percorrerem o estádio sem brigas, o mundo será melhor. Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Coritiba e Athletico.

Sobre o autor

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Filho de radialista, Mauro Mueller (@mauromueller) começou sua carreira no rádio, aos 14 anos e já trabalhou nas principais emissoras de Curitiba e São Paulo. É músico, compositor, poeta, cronista e contista. Também é palhaço e ator. A sua relação com o jornalismo esportivo começou em 2001, quando coordenava a Rádio Transamérica de Curitiba e implantou um projeto inovador para o rádio esportivo. Está no Show de Bola desde sua estreia, em 2010.

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