Peça da Cia Stavis-Damaceno será montada em processo para levar a plateia a um lugar diferente do teatro tradicional
“A Aforista” é a pré-estreia do novo trabalho da Cia.Stavis-Damaceno que será apresentado ainda em processo de pesquisa e criação na Mostra Lúcia Camargo durante o 30º Festival de Curitiba. A peça acontece no Teatro Zé Maria dos Santos (Rua Treze de maio, 655, São Francisco) dias 09 de abril às 21h e 10 de abril às 19h.
A peça ainda em processo leva o público a um lugar diferente do teatro dramático tradicional, em um momento que normalmente não se vê quando as cortinas abrem, com a presença do diretor na lateral do palco e pronto para possíveis intervenções, numa citação ao lendário diretor polonês Tadeuz Kantor (1915-1990), e quase na fronteira do happening e da performance.
Trata-se da segunda parte de uma trilogia iniciada com “Árvores Abatidas ou Para Luis Melo”, de 2008, escritas sob influência do escritor austríaco Thomas Bernhard (1931-1989). “Árvores Abatidas é o nosso hit e o apresentamos no Brasil inteiro, em mais de 100 cidades. Depois de 14 anos, decidimos que era hora de voltar à obra dele”, disse Damaceno.
Segundo o autor e diretor, o texto é uma conversa com questões postas por Bernhard, respondendo e contrapondo questões colocadas pelo autor austríaco. Um mergulho na memória e nas possibilidades que cabem numa vida. Para ele, os textos de Bernhard se conectam à linguagem da companhia pela “repetição e musicalidade”.
“É uma arquitetura mental de repetição e musicalidade das palavras. São narrativas densas e sôfregas que ficam hilariantes. Pensamentos sublimes e elevados que escorregam para o grotesco, assim como é a vida da gente”, disse.
A atriz Rosana Stavis é a “aforista”, a protagonista que quase foi uma grande pianista, mas não conseguiu e apesar de ter pretensões de ser escritora nunca consegue ir além de algumas boas frases de filosofia barata. No palco, ela fica no meio de um duelo entre dois velhos amigos também pianistas: um reconhecido em vida como um genial virtuose, mas que está à beira da morte e outro que, apesar do talento, não teve sucesso e se suicidou.
Os dois pianos tocados por Sérgio Justen e Fabio Cardoso duelam no palco e dão o tom da narrativa com a trilha criada pelo compositor Gilson Fukushima. A peça tem iluminação de Beto Bruel e figurinos de Karen Brustolin.
A Mostra Lúcia Camargo é apresentada por EBANX, Paraná Banco, New Holland, com patrocínio de ClearCorrect, Vonder, SulAmérica, Novozymes e Governo do Estado do Paraná.
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FICHA TÉCNICA
- Texto e direção: Marcos Damaceno
- Elenco: Rosana Stavis
- Composição e direção musical: Gilson Fukushima
- Pianistas convidados: Sérgio Justen e Fábio Cardoso
- Iluminação: Beto Bruel
- Figurinos: Karen Brustolin
- Direção de Produção: Bia Reiner
- Assistente de Produção: Evandro Vicente
- Foto: Maringas Maciel
Serviço:
- O que: A Aforista
- Quando: 09 de abril às 21h e 10 de abril às 19h
- Onde: Teatro Zé Maria dos Santos (Rua Treze de maio, 655, São Francisco)
- Valores: R$ 80,00 (inteira) R$ 40 (meia)
- Ingressos: Ingressos: www.festivaldecuritiba.com.br e na bilheteria física exclusiva do Shopping Mueller (piso L2), de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 14h às 20h.
- Classificação: 16 anos.
- Duração: 60′