O Museu Oscar Niemeyer (MON) realiza, no espaço do Olho, a exposição “Invisível e Indizível”, do artista espanhol Jaume Plensa, um dos principais nomes de sua geração. A inauguração da mostra, com curadoria de Marcello Dantas, será em 7 de dezembro.
Com imagens, a exposição provoca uma profunda reflexão ao visitante. “São 17 obras que gritam, mesmo sem falar, que extrapolam a função de objeto e desenvolvem sensações e relações entre espectadores e obras”, afirma a diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika.
Na comemoração de 20 anos, o MON realiza esta que talvez seja uma das mais surpreendentes mostras feitas naquele espaço. “Projetado pelo mestre Oscar Niemeyer, o Olho é uma sala expositiva única e deslumbrante, que ajudou a tornar o MON conhecido nacional e internacionalmente”, diz Juliana.
Com uma trajetória artística de mais de 40 anos, Plensa é reconhecido mundialmente por suas obras de grande escala e instalações no espaço público que o consolidaram como o mais importante artista catalão de sua geração. “Sua busca pela sutileza da forma o destaca entre os grandes escultores do nosso tempo”, comenta o curador Marcello Dantas.
Em suas criações, Plensa faz o uso de diferentes materiais, do vidro ao aço e ao bronze, até elementos menos tangíveis, como água, luz e som. Essa contraposição entre a materialidade e imaterialidade é uma característica marcante em sua obra.
A exposição reúne, pela primeira vez, dois trabalhos de grande volumetria e construções distintas: “Silent Hortense” (com mais de sete metros de altura) e “Invisible Rui Rui”. A primeira dá corpo à impossibilidade de expressar o que não há como ser dito, enquanto a segunda retira o corpo de uma expressão sublime que pede silêncio.
“O confronto simétrico entre as duas esculturas no espaço é uma composição inédita em suas exposições”, comenta Dantas.
Artista
Jaume Plensa nasceu em 1955, em Barcelona, na Espanha, onde reside e trabalha. Com uma trajetória artística de mais de 40 anos, sua prática é marcada por obras de grande escala em espaços públicos e por esculturas e instalações que exploram diferentes materiais, como resina, poliéster, aço, ferro, água, vidro e náilon.
Seus trabalhos já foram expostos na Espanha, França, Japão, Inglaterra, Coreia, Alemanha, Canadá, Estados Unidos e Brasil, entre outros.
O artista recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais: Medaille des Chevaliers des Arts et Lettres, Ministério da Cultura da França, em Paris (1993); prêmio da Fundação Atelier Calder, Saché, na França (1996); prêmio Nacional de Belas Artes do Governo da Catalunha (1997); e Doutor Honoris Causa pelo Art Institute of Chicago, EUA (2005).
Na Espanha foi agraciado com o Prêmio Nacional de Belas Artes (2012), o prestigioso Prêmio Velázquez de Artes (2013) e o Doutorado Honorário da Universitat Autònoma de Barcelona (2018).
Curador
Marcello Dantas é um premiado curador interdisciplinar com ampla atividade no Brasil e no Exterior. Trabalha na fronteira entre a arte e a tecnologia, produzindo exposições, museus e múltiplos projetos que buscam proporcionar experiências de imersão por meio dos sentidos e da percepção.
Serviço
“Invisível e Indizível”, do artista Jaume Plensa
De 8 de dezembro de 2022 a 9 de abril de 2023
Espaço expositivo do Olho – Museu Oscar Niemeyer
Informações da Agência Estadual de Notícias