O Festival de Curitiba pela primeira vez terá a Mostra de Solos. A programação tem cinco espetáculos que serão apresentados entre os dias 29 de março e 2 de abril, na Casa Hoffmann.
Os solos, em sua maioria, foram concebidos e realizados online durante a pandemia e adaptados para serem apresentados presencialmente no evento. “São artistas que tomam para si a tarefa de recontar nossas ‘pendências’ sociais em relação a corpos que denunciam, mas também afirmam seu lugar hoje”, afirma Giovana Soar, uma das curadoras do Festival de Curitiba.
Programação da Mostra de Solos
A palestra-performance “Reencarnação ao vivo” (29 de março) discute as possibilidades de reencarnação em vida. “Arqueologias do Futuro” (30 de março) reflete sobre quais corpos são vistos e considerados na atualidade. “Vienen Por Mí” (31 de março) fala sobre pessoas trans em um texto-manifesto de poesia. “O Grande Dia” (1° de abril) é sobre homens negros como protagonistas de suas próprias histórias, narrativas e vivências. “Experimento Concreto” (2 de abril) ensaia sobre a complexidade das questões raciais no Brasil.
Cada uma das peças terá duas sessões diárias, entre às 17h e 22h – a primeira, seguida de conversa com críticos convidados.
Monólogos no Festival de Curitiba
A programação com solos e monólogos vai além das apresentações na Casa Hoffmann. A mostra Lúcia Camargo terá dois monólogos. Em “Ficções” (30 e 31 de março), a atriz Vera Holtz brinca e instiga a plateia a pensar sobre capacidade humana de construir ficções coletivas, como deuses e dinheiro.
No Sesc da Esquina, a atriz Jéssica Teixeira dá vida a “E.L.A” (6 e 7 de abril), instigando a autoanálise a partir da relação de cada um consigo mesmo, questionando os corpos e suas interações com o mundo para o empoderamento do sujeito.
- Festival de Pão com Bolinho: veja a lista dos participantes
- Coldplay em Curitiba: tudo o que você precisa saber sobre os shows
Além dos solos, o festival terá outras peças nas quais a linguagem corporal se destaca. “A própria cena, a criação e as temáticas colocadas pelos artistas em suas obras foram ditando nossas escolhas. Muitas delas falam sobre a representatividade do corpo, na sua mais complexa e linda diversidade”, finaliza a curadora.