Que tal passear domingo na tradicional Feirinha do Largo da Ordem, aproveitar para se divertir e, ainda, ter noções de educação financeira básica, por meio de um espetáculo musical, em que o humor é o elemento de aproximação com o público? Essa é a proposta da peça Quem Prospera Sempre Alcança, que terá única apresentação gratuita aberta ao público em Curitiba, no domingo (5), às 12 horas, no Teatro Londrina, localizado no hall principal do Memorial de Curitiba.
A peça já passou por mais de 15 cidades e oito estados e conta com acessibilidade, incluindo intérprete de Libras e programa em braille.
Quem Prospera Sempre Alcança é um espetáculo para toda a família, cuja a dramaturgia concilia com as raízes do teatro popular, do circo-teatro e da comédia de costumes. O humor é a linguagem que aproxima o público do palco, por meio de um texto ágil, contemporâneo e de comunicação direta, características presentes nos trabalhos de Leonardo Cortez, autor e diretor da montagem, considerado um dos mais importantes profissionais da atual dramaturgia paulistana e aclamado por sua estrutura dialógica, bastante marcada em seus textos como “Amor à vista”, “Pousada Refúgio”, “Rua do Medo” e “Sala dos Professores”.
Os atores André Santos e Djair Guilherme se revezam em onze interpretações, que iniciam com a entrada de dois técnicos de uma companhia de teatro, que são encarregados de montarem o palco para a apresentação que será feita no local. Alternando os diferentes personagens, eles invocam situações sobre empreendedorismo a partir de quatro histórias. A primeira delas é sobre a própria companhia teatral. Na segunda, duas divertidas fãs de uma dupla sertaneja, decidem juntas, no meio da fila da entrada do show dos artistas, como deverão gastar o dinheiro que juntaram com muito sacrifício. Já na terceira, dois animados desempregados decidem empreender como vendedores ambulantes em uma atrapalhada sociedade. E, pra finalizar, um dono de boteco falido recebe a visita de uma irreverente fada-madrinha.
Segundo o diretor Leonardo Cortez, o espetáculo aborda de forma leve o conflito de muitos brasileiros em encontrar possíveis novas opções de trabalho por conta própria e, em tempos de pandemia, ganhou novas modulações. “O espetáculo é anterior à pandemia e, devido ao cenário econômico, já dialogava muito com o público. Agora, que a situação piorou, acredito que falar de empreendedorismo e educação financeira de forma descontraída pode ser um alerta para situações diárias que muitas pessoas estão passando”, explica o dramaturgo.
De acordo com Cortez, a mostra não tem a pretensão de ser didática, mas, apresenta com muito humor e descontração algumas situações e ciladas que qualquer pessoa pode se meter, por conta da inexperiência na vida pessoal e nos negócios. Essas questões ficam bastante nítidas a partir do cenário montado, que é revelado aos olhos da plateia, onde os personagens surgem por meio do uso de acessórios e figurinos pelos atores, em uma sucessão de cenas com características de esquetes, que permitem aos espectadores aproveitarem quatro histórias em uma única mostra. A música e da dança, que são elementos de linguagens artísticas presentes, que transmitem versatilidade, energia e multiplicidade à peça, ajudam a surpreender, revigorar e empolgar o público conforme as tramas se desenrolam.