O democrático e pulsante carnaval de Salvador (BA) fez com que uma foliã ilustre se disfarçasse para curtir a folia no meio da rua. A cantora Anitta, depois de puxar o bloco “Eu Vou” por mais de cinco horas, teve energia para tirar a fantasia de Joana D’Arc usada no trio e curtir no meio do povo.
Para escapar do assédio, Anitta usou um abadá, um short, um boné, deixando o cabelo preso, e uma máscara, caindo na dança. Para matar a fome, ainda comeu um milho.
Se o disfarce deu o tom nos instantes de folia da cantora, um bloco tem na mudança de figurino o mandamento maior. O bloco “Muquiranas” foi criado em 1965 e percorre o circuito Osmar na capital baiana.
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O grupo foi o primeiro bloco de travestidos da história do carnaval da Bahia: homens saem vestidos de mulher e a euforia de quase seis décadas retornou às duas após dois anos, por conta da pandemia.
O tema para 2021 seria a personagem Barbie, mas o cortejo foi cancelado. No ano seguinte, a ideia seria homenagear os profissionais de saúde que lutaram e salvaram vidas. Também sem folia naquele ano, o jeito foi juntar os dois temas para o carnaval 2023: “Barbie, Doutoras da Alegria”.
Totalmente prontas para curar a saudade da festa por mais dois dias, que tem a alegria como carro chefe e dá um basta ao assédio, à violência e o preconceito.
