39ª Oficina de Música termina com show eletrizante de Margareth Menezes

Com o Guairão lotado e uma plateia animada, a 39ª Oficina de Música de Curitiba terminou, na noite de domingo (10/7), com um show eletrizante da cantora baiana Margareth Menezes e Orquestra À Base de Sopro. O publicou vibrou com os grandes sucessos da rainha do afropop, convidada especial do concerto de encerramento, que se transformou numa grande celebração da arte afro-brasileira.

Foto: Ricardo Marajó/SMCS

A primeira edição de inverno da Oficina de Música, transferida este ano para o mês de julho por causa da pandemia de covid-19, teve mais de 170 eventos, com um público total de aproximadamente 25 mil pessoas. A Oficina envolveu perto de 400 artistas, sendo pelo menos 350 músicos da cidade. A maioria dos shows e concertos foram gratuitos e a programação paga teve ingressos a preços acessíveis.

Dois festivais

O show da artista baiana junto com a orquestra curitibana corou o sucesso desta edição. O prefeito Rafael Greca, antes do espetáculo, visitou Margareth Menezes no camarim e presenteou-a com uma gravura da artista plástica Denise Roman (As cerejeiras).

“A cidade de Curitiba gosta muito de música. Estamos com a ideia agora de fazer dois festivais, um no inverno e outro no verão”, contou o prefeito. Margareth comentou que pela manhã tinha visitado a Feira do Largo da Ordem e Greca comparou: “é o nosso Pelourinho”.

A apresentação começou com uma homenagem da Orquestra À Base de Sopro ao compositor curitibano Lápis, que faria 80 anos em 2022. Também foi homenageado o compositor baiano Letieres Leite, que morreu em outubro do ano passado vítima de covid-19. Letieres trabalhou e realizou shows com a Orquestra À Base de Sopro pouco antes da pandemia.

“A Oficina de Música é um momento importante para os músicos de Curitiba. É um momento em que celebramos o encontro das pessoas”, disse o diretor musical da Orquestra, Davi Sartori. “Estou há 22 anos em Curitiba. Vim para fazer a Oficina de Música e fiquei, o que mostra a importância da realização de festivais como este em todo o Brasil”, afirmou.

Energia contagiante

A vibração tomou conta da plateia quando Davi Sartori anunciou a entrada de Margareth Menezes. Os ritmos afros e o gingado da baiana fizeram o público se levantar, aplaudir e dançar.

“É um prazer estar nesse palco sagrado da cultura brasileira, participando deste grande festival. Estou encantada com o trabalho que vocês estão fazendo. Obrigada pela recepção tão calorosa”, disse Margareth Menezes 

Conhecida pelo seu engajamento nas causas da igualdade racial e da cultura negra, Margareth comentava cada música do repertório e deixava sua mensagem. “Nós, artistas, usamos essa força que vem da arte para falar de coisas que precisam ser ditas e afirmadas. A música é a nossa resistência e o desejo de ter justiça igual para todos”, destacou.  

Na linha da reafirmação da identidade brasileira, cantora apresentou Ifá, um canto pra subir, Capoeira mundial (de sua autoria), Terra Afefé (que fez em parceria com Carlinhos Brown e um de seus recentes lançamentos), Paraguassu (de Gilberto Gil) e Brisa do Mar (de João Donato e Abel Silva). Mas a plateia veio ao delírio mesmo quando ela cantou Faraó, o maior sucesso de sua carreira, quase encerrando o show, que teve também Eligibô.

Muito animada com show, a curitibana Fabiana Coelho resumiu:

“Sensacional. Acompanhei toda a Oficina, músicos de primeira qualidade. Curitiba é a Nova York do Brasil”. “Muito bom o show”, avaliou Fabíola Jungles, que estava com o amigo Gustavo Castro, também de Curitiba. Os dois deixaram as poltronas e no final foram para a frente do palco dançar.

Verônica Aparecida Cláudio da Paz é integrante do Grupo de Mulheres Pretas e estava acompanhada da filha Lysa Marie. “Viemos neste show e temos assistido a outros de artistas negras. Trouxe minha filha porque acho importante que os jovens se alimentem dessa música. Hoje ela saboreou um pouquinho”, disse Verônica.

Parcerias

A 39ª Oficina de Música de Curitiba é uma realização da PrefeituraFundação Cultural de Curitiba e do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (Icac), Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo Pátria Amada Brasil, com apoio da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, do Banco Nacional de Desenvolvimento de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Sistema Fiep/Sesi e patrocínio da Volvo do Brasil.

Também apoiam o evento: Centro Cultural Teatro Guaíra, Comunidade Evangélica Luterana Igreja de Cristo, Família Farinha, Escola de Música e Belas Artes do Paraná – Campus Curitiba I da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Teatro Regina Casillo, Lamusa-UFPR e Rádio 97,1 FM Educativa.

Informações da PMC.

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