Nascida em Jacarezinho, interior do Paraná, Carmem Silva Santos, a Xuxa, 58 anos, foi diagnosticada com poliomielite aos 5 meses de idade. Buscando tratamento, sua família se mudou para Curitiba e na capital paranaense Carmem foi criada e conheceu o esporte.
Na capital Xuxa passou por cirurgia e durante anos fez tratamento na Associação Paranaense de Reabilitação (APR). Enfrentando preconceitos, discriminações e usando cadeira de rodas, Xuxa nunca baixou a cabeça. Aos 20 anos conheceu o esporte e sua vida se transformou.
Carmem começou com o basquete, passou pela maratona e foi convidada para treinar na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC). Na universidade ela conheceu seu anjo da guarda, o professor Rui Menslin, que apresentou as modalidades arremesso de peso, disco e dardo e foi aí que Xuxa se encontrou.
Medalhas
Logo em sua primeira competição já foi campeã e continuou ganhando uma medalha atrás da outra. Em 2004 Carmem bateu o recorde sul americano no arremesso de disco, com 16,9 metros, recorde que durou mais de dez anos. Em 2005 também conquistou o terceiro lugar no campeonato mundial.
Durante todos esses anos Xuxa representou Curitiba nas mais diversas competições e conquistou centenas de medalhas. Aos 58 anos ela continua competindo e treinando mais de seis horas por dia. Todo esse esforço tem um único objetivo: representar o Brasil nas paralimpíadas de Paris em 2024.
“Eu ainda tenho o sonho de representar o Brasil em uma paralimpíada e não vou desistir. Representar Curitiba mundo afora já foi um sonho realizado, mas ainda falta uma etapa e estou me esforçando muito para conquistar a vaga”, disse Xuxa.
Xuxa também voltou a estudar e pretende se formar em Educação Física para poder passar tudo o que aprendeu aos jovens paratletas. “Além de treinar muito também voltei a estudar para poder dar minha contribuição a novos atletas. Durante toda minha vida muita gente me ajudou e quero fazer a mesma coisa”.
Informações da Prefeitura de Curitiba