Acervo de Barcímio Sicupira está exposto em museu de Curitiba

O acervo da família do craque Barcímio Sicupira foi doado ao Centro de Memória do Esporte Paranaense, em Curitiba, e agora está disponível para visitação de todos os fãs do futebol. O evento ‘Ei, Craque’, realizado nesta terça-feira (19), reuniu familiares, amigos e convidados do ídolo do Athletico.

O acervo conta com camisas, fotos históricas e recortes de jornais que retratam um pouco da rica história do ‘Craque da 8’, que morreu em 2021. Sicupira fez 158 gols com a camisa do Furacão entre 1968 e 1976 e se tornou um dos maiores jogadores da história do Rubro-Negro.

Em entrevista à Rede Massa, Mariana Sicupira, filha do ídolo, contou que o pai não costumava se importar em guardar lembranças da carreira, mas a família conseguiu recuperar parte dos materiais históricos.

Durante o evento, ela se emocionou com as mensagens de carinho de amigos e admiradores do craque. “É muito legal porque cada pessoa tem uma história numa época e num lugar diferente, seja no futebol, na Secretaria de Educação ou na imprensa, a gente está muito emocionado”, conta.

Acervo de Barcímio Sicupira em exposição em Curitiba

O evento promovido pela Secretaria de Esportes do Paraná também contou com a participação de ex-jogadores que dividiram os gramados com Sicupira, sejam adversários ou companheiros de time.

Ex-jogador e ex-treinador, Levir Culpi lembra que o Craque da 8 “era sinônimo de futebol”. “Além de ser um craque, quem teve a oportunidade de conhecê-lo foi muito feliz porque ele era um brincalhão, um cara totalmente do bem que deixava o ambiente muito alegre”, lembra.

“A gente tem vontade de chorar, imagine o que o cara foi e o que ele representou para o estado, para alguns clubes e, o principal de tudo, como pessoa”, reforça.

Quem também lembra com carinho de Sicupira é o ex-jogador Zequinha, que enfrentou o camisa 8 várias vezes na carreira. “A primeira vez que joguei contra o Barcímio foi no interior de São Paulo, ele jogava pelo Botafogo de Ribeirão Preto e eu em São Carlos, fizemos um amistoso em 1967 ou 1968”, relembra.

Barcímio Sicupira era admirado até pelos rivais

Durante a homenagem, Zequinha lembrou que os dois eram amigos fora de campo, mas que dentro do gramado era ‘cada um por si’. “Tenho uma marquinha aqui de 3 ou 4 pontos, numa jogada, eu encostei atrás dele e ele me deu uma cotovelada”, recorda, aos risos.

“Eu reclamei e ele me pediu desculpas, disse que achou que era outro jogador que tinha dado uma entrada nele um pouco antes”, lembra. “No começo dos anos 1970, todo campeonato ele era o artilheiro jogando de meio campo, aquele que chegava junto com o atacante”, reconhece.

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Quem também esteve no evento foi Capitão Hidalgo, um dos grandes jogadores da história do Coritiba e que tinha como missão justamente marcar o Craque da 8. “Era difícil, mas nós éramos leais, eram Atletibas leais”, recorda sobre os clássicos contra o rival.

“Ele era um jogador espetacular, inteligente, sabia como entrar no espaço atrás da defesa para fazer o gol, sempre foi um grande adversário”, comenta.

Serviço: Exposição do acervo de Barcímio Sicupira

• Onde: Centro de Memória do Esporte Paranaense
• Endereço: Av. Victor Ferreira do Amaral, 1649 – Tarumã
• Agendamento de visitar: (41) 3361-7713 ou (41) 3361-7736