Rony festeja seleção e recomenda Abel com ‘medo’: ‘Torcida vai me matar’

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Rony deu a sua primeira entrevista como jogador da seleção brasileira. Convocado por Ramon Menezes para o amistoso contra Marrocos, no sábado (25), às 19h, em Tânger, ele falou sobre a possibilidade de Abel Ferreira, seu comandante no Palmeiras, assumir a equipe canarinho.

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Foto: Rafael Ribeiro/CBF

“É excepcional, se tiver oportunidade de dirigir a seleção, seria muito útil. Somos suspeitos a falar, vão tirar o Abel do Palmeiras e a torcida me mata. Se viesse, é lógico que somaria bastante”, comentou o atleta, que guardará este momento com carinho.

“Várias pessoas da família pediram (camisa da seleção), é um momento único. Realização de um sonho e pode ter certeza que a primeira ficará no meu escritório, farei um quadro para nunca esquecer desse momento”.

Rony também falou sobre a hipótese de atuar no futebol europeu. “Seria um privilégio muito grande, mas é passo a passo, na hora certa. Procuro fazer grande trabalho no Brasil para ter uma oportunidade. E quando tiver, é fazer bonito para mostrar a todos que era merecido.”

O QUE MAIS RONY FALOU:

– Sonho realizado

“Todo mundo que trabalhou comigo, que joga comigo, conhece minha história, um pouco da minha vida. E sabe o que eu passei para estar aqui e realizar esse sonho. Quando comecei a jogar como profissional, tive objetivo de ajudar meus familiares. E chegar a um grande nível, de vestir a camisa da seleção. Posso realizar esse sonho. Para um jogador que sai do interior, que passou dificuldade, realizar esse sonho é grandioso. Sou abençoado, realizado, e acredito que isso só acontece quando há fé e acredita no potencial. As pessoas que estão comigo no dia a dia com certeza me ajudaram no processo, sempre faço amigos e todos que realmente me conhecem reconhecem que eu tenho algo de bom para dar em tudo que eu faço”.

– Conversa com Ramon sobre função

“Até agora, não. Conversamos pouco, mas acredito que ele me convocou sabendo o que eu faço no Palmeiras, as posições que faço. Procuro dar o meu melhor e isso é o mais importante. Não escolher a posição, mas fazer o que o treinador pedir. Fico feliz pela oportunidade que o Ramon me deu e espero contribuir em campo, fazer o que eu amo fazer.

– O que falaria para o menino Rony?

“Falaria para ele que tudo é possível quando se trabalha, quando há fé. E se você quer mesmo, se você deseja, precisa lutar. Minha vida foi feita de oportunidades, agarrei todas elas com todas as minhas forças. Eu falaria isso para o Rony, agarrar todas as oportunidades e não soltar por nada nessa vida”.

– Quando começou a sonhar de fato com a seleção?

“O momento foi quando comecei a ganhar títulos no Palmeiras, fazer outras funções. Nunca imaginava fazer o que eu faço no Palmeiras, fazer outras posições. Quando isso acontece, a gente começa a sonhar grande. Meu pensamento era realizar o sonho, o sonho dos meus familiares, de todos que me conhecem, os amigos. Todos falavam que eu realmente alcançaria esse sonho de vestir a camisa da seleção. Falavam isso nas minhas férias no Pará e hoje realizo esse sonho. As coisas acontecem na hora certa.

– Relação com Abel Ferreira

“Sou suspeito para falar dele, até pelo treinador que é. Um treinador que ajuda a todos os jogadores que estão ali, que quando chegou no clube me ajudou muito, resgatou minha confiança. Ele me ensinou coisas novas, sempre me ensina a ser um jogador competitivo, de alto nível. Acabo aprendendo coisas novas na filosofia de trabalho dele, precisávamos disso. Fico feliz por ele e eu acredito que todos os jogadores vão falar a mesma coisa dele, é extraordinário, sensacional, do bem e procura ajudar a todos. Fico feliz por ele ter feito parte dessa convocação. É um cara que me desejou muita sorte, para mim e para a gente, falou que a gente representa ele e o Palmeiras todo. Eu, Veiga e o Weverton faremos isso. Representar não só a seleção, mas o Palmeiras, é um clube a zelar. Ele nos ajudou muito nesse processo”.

– Primeira pessoa que pensou na convocação

“Não foi pessoa, ali eu pensei na minha história, em tudo que passei, em todas as dificuldades que enfrentei não só para chegar no Palmeiras, mas para alcançar esse sonho. Passa um filme na cabeça, passa tudo que eu passei. Com certeza fico feliz por realizar esse grande sonho e que não era só meu, mas de todos os meus familiares, meu filho que vibra muito. Ele conhece todos da seleção, comemora junto. Passa um filme na cabeça, passa toda a grande dificuldade para estar aqui hoje e é muito emocionante. Weverton já está acostumado, mas para o Veiga também, não estávamos esperando e foi uma emoção muito grande. É um momento único para nós, principalmente para mim. Minha família ligava e eu só me emocionava, não sabia o que falar. É uma coisa que não tem explicação”.

– Europa

“É objetivo dos jogadores que têm pensamento de jogar em alto nível. É lógico que as coisas acontecem no momento certo, mas eu acredito que para um jogador brasileiro que se destaca, realmente pensa em jogar na Europa em alto nível? Seria um privilégio muito grande, mas é passo a passo, na hora certa. Procuro fazer grande trabalho no Brasil para ter uma oportunidade. E quando tiver, é fazer bonito para mostrar a todos que era merecido. Se tiver oportunidade, penso no futuro, na carreira, no momento, em melhorar como profissional e crescer o currículo com oportunidade lá fora”.

– Abel na seleção

“É excepcional, se tiver oportunidade de dirigir a seleção seria muito útil. Somos suspeitos a falar, vão tirar o Abel do Palmeiras e a torcida me mata. Se viesse, é lógico que somaria bastante”.

“Acredito que acrescentaria muito em filosofia de jogo, de saber lidar com as situações, saber lidar com os jogadores. Saber que às vezes as coisas não são como queremos. Ele passa situações de jogo, características do adversário? Então, com certeza, por eu ser novo na seleção não sabia como funcionava, mas ele somaria em todos os aspectos”.

– Ser novato

“Sou novato aqui, no trote fico nervoso de fazer algo errado. Mas ao mesmo tempo feliz por ter pessoas que assistia na televisão pertinho, com experiência nova, é tudo novo. Eu não acredito que estou aqui, com jogadores que jogava no videogame. É extraordinário, demora a cair a ficha. Procuro somar com algo que tenho, mas o mais importante é a experiência com grandes jogadores, jogadores de Europa, e procuramos melhorar como profissional pegando essa experiência. É momento único e temos que aproveitar. Faço tudo isso, aproveito todo tempo, pegando experiência para no futuro eu dizer para o meu filho que estive com esses grandes jogadores”.

– Filho

“Meu filho vê as dancinhas do Paquetá e Vini Jr, eu pergunto quem é e ele sabe o nome. Paquetá, Vini, Casemiro, são jogadores que vejo há muito tempo na Europa, que acompanho. Aprendo com esses nomes, com lidar nesse tipo de situação. É algo novo na minha vida e procuro entrosar para não ter dificuldade no jogo e poder ajudá-los”.

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