A Polícia Civil, por meio da Delegacia Móvel de Futebol e Eventos (Demafe), ouviu nesta terça-feira (3) dois torcedores suspeitos de racismo no clássico Atletiba, no domingo (1). Eles foram indiciados e o caso vai à Justiça.
O caso aconteceu no Estádio Couto Pereira. Vídeos que circulam nas redes sociais mostraram os torcedores do Coritiba fazendo gestos imitando um macaco para a torcida atleticana.
Em entrevista coletiva nesta quarta (4), o delegado Luiz Carlos de Oliveira afirmou que a dupla compareceu à Demafe acompanhada de uma advogada. Eles negaram o ato e um deles disse que é negro.
“Eles podem falar o que eles quiserem. Mas nós temos um vídeo que mostra o gesto racista, portanto acho que é inevitável que as provas sejam controversas”, diz o delegado.
Um dos suspeitos é sócio torcedor do Coritiba. Os dois foram impedidos de entrar em estádios, e cabe ao clube controlar a punição.
O caso de racismo no Atletiba agora será encaminhado ao Ministério Público.
Delegado fala sobre torcedor que atirou copo de urina no Atletiba
Luiz Carlos de Oliveira também comentou sobre o torcedor do Coxa que se filmou jogando um copo com um líquido, que ele diz ser urina, contra os torcedores do Athletico.
A princípio, o vídeo teria sido gravado para um grupo de torcedores do Coritiba, mas as imagens vazaram e logo ganharam as redes sociais. O vídeo também foi parar em grupos de torcedores atleticanos e o rapaz que aparece nas imagens passou a receber ameaças.
O delegado da Demafe afirmou que o torcedor foi identificado e assinou um termo circunstanciado por provocar tumulto, contravenção penal que prevê pena de 15 dias a seis meses de prisão.
“Nós estamos procurando de todas as formas atuar e responsabilizar esses torcedores, que lamentavelmente ainda têm atitudes medievais, que nós abominamos”, afirmou Luiz Carlos de Oliveira.