Potencial estado de emergência em Tóquio não afeta os Jogos, diz Comitê Olímpico

Por Karolos Grohmann

Foto: REUTERS/Issei Kato

(Reuters) – Um possível estado de emergência que poderia ser imposto a Tóquio não tem relação com os preparativos para os Jogos Olímpicos e faz parte do plano do governo para conter as infecções durante a semana de férias do Japão, disse o Comitê Olímpico Internacional (COI) nesta quarta-feira.

O governo do Japão considera decretar estado de emergência para Tóquio e Osaka, informou a mídia local, medida que permitiria às autoridades municipais impor restrições na tentativa de impedir a propagação de infecções.

A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, está se preparando para solicitar que seja declarada emergência de 29 de abril a 9 de maio, abrangendo o período de férias anuais da “Golden Week” do Japão, informou o jornal Mainichi.

“Fomos informados que poderia haver outro estado de emergência declarado em Tóquio”, disse o presidente do COI, Thomas Bach.

“Entendemos que esta seria uma medida pró-ativa para o feriado da ‘Golden Week’ com o qual o governo pretende prevenir a propagação da infecção.”

“Esta medida estaria de acordo com a abordagem muito diligente que vemos adotada pelas autoridades japonesas”, disse ele após uma reunião do Conselho Executivo do COI e um relatório dos organizadores dos Jogos de Tóquio.

Com milhares de novos casos resultantes de cepas altamente infecciosas do vírus, o primeiro-ministro Yoshihide Suga disse que o governo quer decidir nesta semana se declara estado de emergência para grandes áreas do país.

Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram adiados por um ano em 2020 e o COI disse que não há planos de cancelá-los ou adiá-los novamente, agora a menos de 100 dias de sua realização.

“Este (estado de emergência) está absolutamente de acordo com a política geral do governo, mas não está relacionado aos Jogos Olímpicos”, disse Bach.

O Japão tem evitado até agora a rápida disseminação da pandemia que assola muitos países ocidentais, com cerca de 540 mil casos e pouco menos de 10 mil mortes.

O mais recente aumento de infecções gerou alarme, no entanto, a poucos meses do início das Olimpíadas e em meio a uma lenta implantação de vacinação.

(Reportagem de Karolos Grohmann)

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