A paulistana de 23 anos Luisa Stefani superou ninguém menos que Maria Esther Bueno, maior nome da modalidade no Brasil, que detinha a marca graças ao 29º lugar alcançado em dezembro de 1976. O Hall da Fama Internacional do Tênis indica que Maria Esther foi a melhor tenista do mundo nas temporadas de 1959, 1960, 1964 e 1966, ocasiões em que conquistou títulos de Grand Slam em simples e duplas. Na época, porém, não havia um ranking semanal.
Luisa alcançou o ranking com o vice-campeonato no WTA 1000 de Miami (Estados Unidos). No último domingo (4), a parceria entre a brasileira e a norte-americana Hayley Carter (que também subiu cinco posições e agora é a 27ª do mundo) foi superada na final pelas japonesas Ena Shibahara e Shuko Ayoama (ambas em 13º, empatadas) por 2 sets a 0, em uma hora e 24 minutos de jogo, com parciais de 6/2 e 7/5.
Foi a primeira final de um WTA 1000 na carreira dela. Torneios deste nível, em termos de importância, ficam abaixo somente dos Grand Slams no circuito mundial. Além disso, foi a segunda decisão contra Shibahara e Ayoama em 2020. Em janeiro, no WTA 500 de Abu Dhabi (Emirados Árabes), as japonesas também levaram a melhor.
“Não conseguimos nos soltar e jogar nosso melhor no primeiro set. Elas foram mais inteligentes taticamente e também ganharam os pontos decisivos, que fizeram a diferença. No segundo jogamos bem melhor, do nosso estilo, da maneira que deveríamos jogar e acabamos deixando escapar. Não era para termos perdido o segundo set, pois iríamos ao terceiro e poderia cair para qualquer lado”, comentou Luisa, em vídeo à imprensa.
Entre terça-feira (6) e quarta-feira (7), ainda sem horário definido, Luisa e Carter estreiam no WTA 500 de Charleston (Estados Unidos), contra as checas Lucie Hradecka (36ª) e Marie Bouzkova (107ª). Em seguida, ela viaja para Bytom (Polônia) para defender o Brasil na Billie Jean King Cup diante das anfitriãs.
“[Foram] Duas semanas muito positivas em Miami, com muita aprendizagem e feliz com o nível que a gente vem apresentando e a nossa melhora nos últimos meses. Agora é seguir trabalhando e o ano só está começando”, finalizou a brasileira.
Bia Haddad campeã
Outra jogadora do país que encerrou o fim de semana em alta foi Beatriz Haddad Maia. Também paulistana; a brasileira de 24 anos, número 331 do mundo em simples, foi campeã do W25 de Villa Maria (Argentina) no domingo ao superar a britânica Francesca Jones (200º) por 2 sets a 1, de virada, com parciais de 5/7, 6/4 e 6/2 em três horas e 13 minutos de jogo.
“Estive o tempo inteiro atrás no começo da partida, ela jogou melhor em todas as oportunidades que eu tive. Fiz muito esforço mental para ficar no jogo, que é algo que venho trabalhando com o meu técnico e acho que valeu muito a pena. Estamos passando por um momento muito difícil no Brasil. É nessas horas que a gente vê que um jogo de tênis não é tão duro e, por mais que a gente dê um valor muito grande, na verdade é muito pequeno se compararmos com a vida. Dedico este título às famílias que estão passando dificuldade e precisando de muita força neste momento”, disse Bia, após a partida.
O resultado ainda será computado no ranking da WTA. Com os 50 pontos do título na Argentina, a brasileira retornará ao top-300. Em 25 de setembro de 2017, Bia chegou a ser a 58ª do mundo. Ela segue no país sul-americano para o W25 de Córdoba e depois viaja a Portugal, para duas competições na cidade de Oeiras.
Informações da Agência Brasil.