O Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) decidiu pela suspensão imediata do Cascavel CR das competições organizadas pela Federação Paranaense de Futebol pela suposta falsificação de testes de covid-19 na partida contra o Athletico. Além disso, o Pleno do TJD-PR também aumentou a suspensão da equipe, passando de seis meses para dois anos sem poder participar de competições oficiais, e elevou a multa de R$ 20 mil para R$ 200 mil.
Com a decisão, a equipe do Oeste está impedida de entrar em campo neste sábado (15) contra o Maringá pela última rodada da primeira fase. Já rebaixado para a Divisão de Acesso, a partida não faria diferença para a Serpente, mas daria a oportunidade da equipe se despedir da elite do futebol estadual buscando apagar a péssima imagem que o episódio deixou para o torcedor, além da goleada por 9 a 0 sofrida para o Operário no meio da semana.
A Serpente vinha jogando mesmo após a primeira decisão porque, originalmente, a penalidade só seria aplicada depois que o time esgotasse as possibilidades de recursos. A direção do clube já informou que vai entrar com pedido de efeito suspensivo para tentar entrar em campo neste sábado, mas se o pedido for negado, a tendência é que a FPF decrete o W.O. e o Maringá seja considerado o vencedor do confronto pelo placar de 3 a 0.
Com a nova decisão do TJD-PR, os jogadores Gabriel Oliveira, Lapa e Castro, absolvidos no primeiro julgamento, pegaram gancho de seis jogos cada. Já Anthony Perekles de Almeida, integrante da comissão técnica que tinha sido suspenso por um ano, também pegou 720 dias de suspensão. A multa para ele subiu de R$ 10 mil para R$ 100 mil.
Investigação
Além do âmbito esportivo, o Cascavel CR pode responder criminalmente pela suposta falsificação de testes de covid-19 porque o caso também foi denunciado à Polícia Civil. A própria FPF descobriu a suposta farsa minutos antes da partida da equipe contra o Athletico na quarta rodada da competição. Na ocasião, os três atletas que acabaram suspensos seriam titulares, mas tiveram a participação vetada pela FPF quando a entidade encontrou indícios de irregularidades nos exames.
A partir daí, a própria Federação entrou em contato com o laboratório que constava como responsáveis pelos exames. O estabelecimento confirmou que aqueles atletas (Gabriel Oliveira, Castro e Lapa) não tinham comparecido para fazer o exame, o que comprovaria a falsificação.