Quem faz compras pela internet ainda não sentiu redução no valor cobrado pela entrega de mercadorias, mesmo após a queda no preço dos combustíveis. É o caso de uma transportada em Guarulhos, na Grande São Paulo, onde a redução da gasolina e do etanol também não refletiu no valor do serviço. “O principal insumo para o transporte é o óleo diesel, e nós estamos aguardando uma redução do óleo diesel, para que se reflita na redução do transporte”, explica o diretor de negócios da transportadora, Carlos Henrique Albuquerque.
Carretas e caminhões são os responsáveis pelo transporte da maior parte das mercadorias no país. Movidos exclusivamente a óleo diesel, esse tipo de veículo foi diretamente impactado pela alta de 56,3% no combustível, segundo dados do IPCA.
Na semana passada, a Agência Nacional de Transportes Terrestres aprovou o reajuste da tabela dos pisos de frete do transporte rodoviário de cargas, baseado na variação de preços entre dezembro de 2021 e junho de 2022. Os valores podem subir até 9%.
Por outro lado, na distribuição local, que usa veículos menores, movidos a gasolina, etanol e gás natural veicular, o consumidor poderá sentir uma redução do frete.
Segundo entidades que representam o setor, a diminuição só deve acontecer em agosto, quando o varejo vai conseguir oferecer melhores condições de transporte de mercadorias para o dia dos pais.
A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM) explica que o cálculo não é baseado apenas no valor dos combustíveis. “Existe o seguro. O nível de roubo de cargas no Brasil ainda existe e é presente, apesar das reduções.
Então assim: temos esse otimismo de redução na ponta final para esse consumidor, porém outros atributos compõem esse valor do frete, para que ele seja gratuito ou não”, aponta o vice-presidente da ABCOMM, Rodrigo Bandeira Santos.
Informações SBT News