Após dez anos do desastre no Litoral, Defesa Civil relembra episódio

O desastre que deixou mais de 10 mil desabrigados no Litoral do Paraná, em 2011, por consequência do excesso de chuvas, completa dez anos amanhã (11). O episódio, conhecido como Desastre Águas de Março, foi um marco na história do Estado por dois motivos: pelos estragos e pela implementação de iniciativas da Defesa Civil do Estado.

A secretária estadual da Família e Desenvolvimento Social, Fernanda Richa, sobrevoou nesta terça-feira (15) as cidades de Morretes, Antonina, Guaratuba e Paranaguá para verificar as condições das regiões mais afetadas pelas chuvas. Acompanhada do secretário de Saúde Michele Caputo neto e os Deputados Estaduais Dr Batista e Rose Litro. Foto:Rogério Machado/SECJ

Para relembrar esse episódio e abordar os pontos de transformação, a Defesa Civil promove, nos dias 11 e 12 de março, o evento “Águas de Março – 10 Anos”, composto por três lives que irão discutir as formas de atuação. As transmissões serão pelo Youtube da Defesa Civil.

A programação inicia amanhã (11), às 10 horas, com a mesa redonda “Memórias e desafios”. Nela, serão apresentados os desafios enfrentados no momento da emergência. Para falar do tema estarão presentes o coronel Fernando Schunig, coordenador estadual da Defesa Civil; o coronel Edemilson de Barros, comandante do Litoral na época do desastre; e o tenente-coronel Antonio Hiller, chefe da divisão de Defesa Civil durante o episódio.

Na sexta (12), a programação segue com uma transmissão às 10 horas com o tema “Mapeamentos”. A live contará como atuaram os geólogos na ocasião, além de como são feitos os mapeamentos de risco e de que forma são utilizados. O evento se encerra com a live “Monitoramento”, às 15 horas, abordando o processamento de informações e os alertas emitidos pelo Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd).

Desastre

Na ocasião, alguns pontos do Litoral chegaram a registrar precipitação de 200 milímetros em apenas um dia. A média mensal é de 250 mm. A quantidade abundante de chuva prejudicou, principalmente, as regiões de Antonina, Paranaguá, Morretes e Guaratuba.

“Morretes teve uma comunidade totalmente afetada. A chuva levou embora as casas da região. Teve um morro inteiro que veio abaixo. Mas, felizmente, foram poucos óbitos frente ao tamanho da tragédia”, relembra Vidal, que trabalhou no resgate. Foram quatro mortes e mais de 10 mil pessoas ficaram sem suas casas.

A partir de um gabinete de gestão de crise montado no quartel do Corpo de Bombeiros em Paranaguá, foi realizada uma integração de forças entre diferentes órgãos para a contenção dos danos, e envolveu, além da Defesa Civil, a Polícia Rodoviária, a Polícia Militar, a Marinha e o Corpo de Bombeiros.

Na fase mais emergencial da ocorrência, o foco foi resgatar os moradores prejudicados pelas chuvas, muitas vezes salvos por meio de helicópteros em comunidades isoladas. Na sequência, a ação envolveu uma campanha de arrecadação de alimentos e roupas para os abrigos, a retirada da lenha e sedimentos que haviam sido arrastados e a reparação das estradas, além da captação de recursos para construção de moradias e reconstrução de pontes.

Colaboração AEN

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