Autoridades de segurança dizem não ter visto alerta do FBI sobre possível violência no Capitólio dos EUA

Por Susan Cornwell

Ataque ao Capitólio dos EUA em Washington

WASHINGTON (Reuters) – Um aviso do FBI de que um protesto de apoiadores do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump poderia se tornar violento chegou à Polícia do Capitólio um dia antes do ataque que deixou pelo menos cinco mortos, mas as principais autoridades encarregadas da segurança do Congresso não viram, afirmaram eles a parlamentares nesta terça-feira. 

Autoridades disseram a dois painéis do Senado que investigam as falhas antes do ataque do dia 6 de janeiro que as informações de inteligência que receberam não os prepararam para as centenas de apoiadores de Trump, muitos deles com equipamentos táticos, que invadiram o prédio.

Eles deram relatos conflitantes a respeito de conversas antes do ataque sobre se ligariam ou não para pedir o apoio da Guarda Nacional.

Um deles, o ex-chefe da Polícia do Capitólio Steven Sund, disse aos senadores que não viu um boletim emitido pelo escritório do FBI de Norfolk, na Virgínia, no dia 5 de janeiro alertando agências de segurança que extremistas estavam se preparando para cometer violência.

“Nada da inteligência que recebemos previa o que aconteceu de fato”, disse Sund, em referência às cenas nas quais apoiadores de Trump agrediam a polícia, quebravam janelas e marchavam através do Capitólio gritando “Enforquem Mike Pence”.

“Nos planejamos apropriadamente para uma grande manifestação com possibilidade de violência”, disse Sund. “O que tivemos foi um ataque coordenado de maneira militar sobre os meus agentes e uma tomada violenta do prédio do Capitólio”.

O ataque foi uma tentativa de impedir que o Congresso, que tinha o então vice-presidente Mike Pence presente na sessão, certificasse a vitória eleitoral do presidente democrata Joe Biden sobre o republicano Trump, que insistia em afirmar que a eleição havia sido marcada por fraudes generalizadas.

Os ex-sargentos das armas da Câmara dos Deputados e do Senado, Paul Irving e Michael Stenger, também prestaram depoimento na terça-feira, dizendo que não viram o aviso do FBI.

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