O Bosque Alemão, no bairro Vista Alegre, completa 27 anos nesta quinta-feira (13). O local passa por obras de revitalização e acessibilidade, mas continua sendo um lugar de contemplação de áreas verdes e da história dos imigrantes da cidade.
Pela primeira vez em Curitiba, o professor e pastor Jonatas Escote e sua esposa, a estudante Charis Escote, vieram de Manaus, no Amazonas, para conhecer a cidade. “A ideia inicial era ir a São Paulo em um voo que fazia escala na capital paranaense. Não conseguimos comprar e acabamos optando por vir direto e passear em Curitiba”, conta Jonatas.
Estar em um espaço verde em meio a uma área residencial chamou a atenção do grupo, formado ainda pela amiga do casal, a dentista Anna Paula Sampaio. “É notável como a cidade consegue manter parques e bosques em diversos bairros, em meio aos prédios e casas”, comentou Anna.
Em função das reformas da acessibilidade, algumas áreas ficam interditadas, como é o caso do caminho que leva à Casa Encantada e a escadaria da Torre dos Filósofos. Mas a área do mirante, a parte externa do Oratório de Bach e o café podem ser frequentados normalmente.
Vindos de Jacareí, São Paulo, o comerciante João Dias Neto, e sua esposa, a professora Luciane Alves Pires Dias, aproveitaram a vista do mirante para fazer algumas fotos. É a segunda vez dos turistas em Curitiba em dez anos e eles já pretendem voltar com o filho. Os parques e bosques entraram no roteiro do passeio, planejado após uma volta pela Linha Turismo, conforme contou Luciane.
“Gostamos muito dessa característica da cidade, da quantidade de parques e jardins que podemos visitar. E todos com algum significado, como a homenagem às etnias”
completou João.
Com uma área de 38 mil metros quadrados, o Bosque Alemão fica entre as ruas Francisco Schaffer, Nicolo Paganini e Franz Schubert e funciona de terça a sexta-feira, das 8h às 20h.
Cenário do Natal de Curitiba
Em dezembro, o espaço ganha decoração temática e programação do Natal de Curitiba – Luz dos Pinhais. É lá que acontece, também na época, no Dia de São Martinho, a celebração alemã da Festa das Lanternas, momento em que pais e filhos seguem em procissão com suas lanternas, atrás de São Martinho em seu cavalo branco.
Acessibilidade
Os trabalhos de melhoria da acessibilidade começaram em janeiro e devem ser finalizados em meados deste segundo semestre. Já foram iniciadas as obras das contenções de concreto (muro de arrimo) ao longo da pista de caminhada e as adequações na Casa Encantada, onde normalmente acontecem as contações de histórias das bruxas, e no Oratório de Bach. Os espaços ganham sanitários adaptados e melhorias nos pisos e escadas.
A próxima etapa, explica o diretor de Parques e Praças da Secretaria do Meio Ambiente, Giovando Romanine, vai consistir na pavimentação da pista de caminhada, para substituir a atual de paralelepípedos. “Além disso, serão implantadas rampas para atender as normas de acessibilidade”, completa.
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Está prevista, também, a recuperação das 12 estações do conto “João e Maria”, com a substituição dos troncos de eucalipto; e a execução de uma passarela de madeira de 90 metros, como opção à escada que liga as partes de baixo e de cima da Casa Encantada, externamente.
Enquanto a Casa Encantada recebe melhorias, as bruxas do Bosque Alemão passam uma temporada no Parque Barigui.