Brasil deve registrar 2ª menor produção de suco de laranja em série histórica

Por Nayara Figueiredo

Seleção de laranjas após colheita em Limeira (SP)

SÃO PAULO (Reuters) – A produção total de suco de laranja do Brasil deve atingir 817.744 toneladas de FCOJ Equivalente na safra 2020/21, estimou nesta quinta-feira a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), segundo menor patamar da história em série iniciada em 2003/04, em meio a um ciclo de baixa da colheita da fruta e problemas climáticos.

Se confirmado, o desempenho também representa baixa de 32% em relação à temporada anterior, quando o setor fabricou 1,2 milhão de toneladas da bebida.

O volume perde apenas para a produção de 2016/17, que alcançou a mínima de 648 mil toneladas, conforme dados da associação.

“De certa maneira, isso limita um pouco a oferta (de suco disponível para exportação)”, disse o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto, à Reuters.

Ele explicou que a oferta pode ficar mais ou menos apertada, a depender do comportamento da demanda externa ao longo do ano. Até o momento, segundo o executivo, a demanda tem dado sinais de estabilidade.

Desta forma, com demanda estável e menor oferta de suco, o resultado pode se traduzir em queda no volume embarcado, como já observado no primeiro semestre da safra.

As exportações de suco de laranja (FCOJ equivalente a 66º Brix) atingiram 497.490 toneladas de julho a dezembro, redução de 23,5% ante mesmo período da temporada anterior –ciclo em que a produção havia sido maior–, conforme dados da associação.

Os estoques físicos de suco brasileiro, em posse das associadas da CitrusBR, estão projetados para chegar a 30 de junho de 2021 –data que marca a passagem de safra– em 272.979 toneladas, estimou a associação nesta quinta-feira, queda de 42% na comparação anual. Trata-se do menor nível desde 2019, quando chegou a 253.181 toneladas.

No acumulado da safra até 31 de dezembro de 2020, as reservas somaram 678.967 toneladas, volume 20,5% menor ante o mesmo período da temporada anterior.

“Essa redução já era esperada principalmente por causa da bienualidade negativa, ou seja, ano de safra pequena, aliado aos efeitos da seca que assolou o cinturão citrícola ano passado e que resultou numa quebra de 30% na oferta de fruta”, disse o diretor.

Segundo o órgão de pesquisa Fundecitrus, a safra de laranja 2020/21 do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro está estiada em 269 milhões de caixas de 40,8 kg, a maior quebra anual desde 1988, com efeitos da bienalidade da cultura e condições climáticas adversas, como a seca.

O processamento total de laranja nestas regiões está projetado em 215.641.333 caixas de laranjas de 40,8 quilos, uma diminuição de 33,6% ante a safra 2019/20, informou a CitrusBR.

(Por Nayara Figueiredo)

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