Por Karl Plume
A companhia de commodities agrícolas Cargill está expandindo a capacidade de processamento de soja em duas grandes unidades do Meio-Oeste e aumentando a eficiência em cinco outras instalações dos EUA para atender à crescente demanda por alimentos e biocombustíveis, disse a empresa nesta quinta-feira.
O investimento de 475 milhões de dólares da Cargill em sete Estados ocorre no momento em que os processadores dos EUA já estão processando a soja em um ritmo recorde em meio ao aumento da demanda por ração para criações.
Os preços da soja atingiram o nível mais alto em mais de seis anos, já que o esmagamento recorde e as exportações históricas devem reduzir os estoques da oleaginosa dos Estados Unidos para apenas 9,5 dias antes da próxima colheita.
A Cargill prevê o aumento da demanda por alimentos à medida que os restaurantes e o setor de viagens emergem da pandemia do coronavírus, enquanto matérias-primas para a produção de biocombustíveis, incluindo diesel renovável, tem seu consumo crescente, disse Warren Feather, diretor administrativo da cadeia de suprimentos norte-americana da Cargill.
“Estamos vendo uma tendência de crescimento contínuo para produtos de soja, não apenas hoje, mas também esses investimentos são parte de como estamos planejando para a demanda futura”, disse ele em um e-mail à Reuters.
A Cargill aumentará a capacidade de processamento em uma planta de Cedar Rapids, Iowa, em 10%, com obras a serem concluídas neste outono no hemisfério norte.
As atualizações nas instalações da Cargill em Sydney, Ohio, originalmente anunciadas em 2019, incluirão a duplicação da capacidade de processamento e carregamento e descarregamento mais rápidos de produtos.
O valor de 225 milhões de dólares do projeto, que também foi anunciado em 2019, está incluído no investimento de 475 milhões de dólares, disse a Cargill.
Outras melhorias incluem a automação que irá acelerar o manuseio de produtos de soja nas fábricas de esmagamento da Cargill em Guntersville, Alabama; Gainesville, Geórgia; Wichita, Kansas; Kansas City, Missouri; e Fayetteville, Carolina do Norte.
A Cargill se recusou a divulgar mais detalhes sobre sua capacidade de esmagamento, pois é considerada uma informação estratégica.
Os projetos serão concluídos nos próximos cinco anos.