China vai elevar preços para compras de grãos e apoiar setor de criação animal

Por Hallie Gu e Dominique Patton

Li Keqiang, premiê da China, durante fala ao parlamento do país

PEQUIM (Reuters) – O governo da China afirmou nesta sexta-feira que elevará os preços mínimos para compras de trigo e arroz e expandir as áreas semeadas com milho neste ano, reiterando planos anteriores de incrementar a produção de grãos após uma disparada dos preços no ano passado.

As medidas, apresentadas pelo premiê Li Keqiang e pela agência estatal de planejamento econômico em relatórios anuais ao parlamento, também ocorrem depois de a pandemia de Covid-19 gerar temores quanto à segurança alimentar no país, o mais populoso do mundo, no ano passado.

“Garantir que nossa população tenha alimentos o suficiente continua sendo uma prioridade máxima de nosso governo. Nós estamos decididos a garantir a segurança alimentar de nossas 1,4 bilhão de pessoas, e sabemos que podemos conseguir isso”, disse Li em seu relatório de trabalho de 2021.

A China compra trigo e arroz –grãos básicos de alimentação– dos agricultores a um preço mínimo quando a cotação de mercado cai abaixo desse nível, a fim de apoiar a produção de alimentos.

O governo reduziu esses preços de suporte em 2018, após os estoques de grãos dispararem. Neste ano, porém, elevou o preço mínimo do trigo pela primeira vez desde 2014, em meio a um foco renovado na segurança alimentar.

A alta nos preços do milho também levou as empresas de ração animal a utilizarem mais trigo, limitando a oferta do grão.

Reconhecendo a competição entre soja e milho por terras, o órgão estatal de planejamento priorizou aumentar a área cultivada com milho e disse que a produção de soja deve permanecer estável neste ano, alterando as tendências de grandes aumentos de produção vistas em anos anteriores.

O planejamento estatal também destacou a necessidade de seguir reconstruindo e estabilizar a produção de suínos, além de desenvolver os setores de bovinos e ovinos.

A China precisa garantir a segurança de recursos de reprodução animal e vegetal até 2025, acrescentou Li, mas nenhuma meta específica foi definida para a comercialização de culturas geneticamente modificadas.

Em conversa com jornalistas no parlamento, o ministro da Agricultura e Assuntos Rurais chinês, Tang Renjian, disse que a pasta está estudando um plano para ajudar o setor de criação animal a reduzir a lacuna frente a países estrangeiros.

“Vamos nos esforçar para vencer essa batalha em cerca de dez anos de trabalho duro”, afirmou.

tagreuters.com2021binary_LYNXNPEH2419H-VIEWIMAGE

Entre no grupo do Massa News
e receba as principais noticias
direto no seu WhatsApp!
ENTRAR NO GRUPO
Compartilhe essa matéria nas redes sociais
Ative as notificações e fique por dentro das notícias
Ativar notificações
Dá o play plus-circle Created with Sketch Beta. Assista aos principais vídeos de hoje
Colunistas plus-circle Created with Sketch Beta. A opinião em forma de notícia
Alorino
Antônio Carlos
Claudia Silvano
Edvaldo Corrêa
Fabiano Tavares
Gabriel Pianaro
chevron-up Created with Sketch Beta.