Colheita chega à metade das áreas de soja em MT; chuva ainda afeta trabalhos

Por Nayara Figueiredo

Colheita de soja em fazenda de Tangará da Serra (MT)

SÃO PAULO (Reuters) – A colheita de soja 2020/21 atingiu 52,14% das áreas cultivadas em Mato Grosso, maior Estado produtor da oleaginosa no Brasil, informou nesta sexta-feira o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em meio ao atraso ante ciclos anteriores e efeitos negativos de chuvas nas lavouras.

No comparativo semanal, houve um crescimento relevante em relação aos 34,51% observados até a última sexta-feira.

Ainda assim, os trabalhos estão 31,96 pontos percentuais atrás do registrado no mesmo período de 2019/20 e 17,59 pontos abaixo da média histórica.

“Apesar da aceleração (da colheita) na semana, a chuva tem causado alguns transtornos no Estado, principalmente em algumas regiões como o centro-sul de Mato Grosso”, disse à Reuters o gerente de inteligência de mercado do Imea, Cleiton Gauer.

Ele acredita que as precipitações devem continuar impactando o andamento dos trabalhos, com efeitos diferentes para cada região.

“Acaba interrompendo os trabalhos e pelos volumes (de chuva) que são projetados nas próximas semanas, tende a ser um volume significativo e deve continuar desacelerando esse processo (de colheita) no Estado”, estimou.

Mesmo nessas condições, os agricultores precisarão colher a oleaginosa, e por isso devem entrar com as colheitadeiras em campo caso suja qualquer oportunidade climática, afirmou Gauer.

“Temos observado produtores colhendo mesmo com umidade elevada, para não perder a janela de plantio do milho”, acrescentou.

O plantio de milho segunda safra também superou a metade das áreas mato-grossenses, com 54,66%, crescimento consistente ante os 35,96% registrados na semana anterior, informou o instituto.

No mesmo período da safra passada, este percentual já estava em 91,96%, enquanto a média histórica é de 80,06%.

O algodão está com a semeadura praticamente concluída, com 99,48% das áreas plantadas, ante 95,45% na semana anterior. Os produtores conseguiram recuperar o atraso em relação à média histórica, de 99,84%. Em 2019/20 o plantio da pluma já estava encerrado nesta época.

(Por Nayara Figueiredo)

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