Criação de empregos nos EUA fica abaixo das expectativas

Por Lucia Mutikani

La Crosse, Wisconsin, EUA

WASHINGTON (Reuters) – A criação líquida de vagas no setor privado dos Estados Unidos ficou abaixo do esperado para fevereiro, em meio a perdas nos setores de manufatura e construção, sugerindo que o mercado de trabalho está ainda lutando para recuperar velocidade, apesar dos avanços na saúde pública do país.

Parte dos problemas do mercado de trabalho parece ser causada pela escassez de mão de obra. Outros dados divulgados nesta quarta-feira mostraram que o crescimento do emprego no setor de serviços desacelerou no mês passado, com as empresas relatando que foram “incapazes de preencher as vagas com candidatos qualificados” e que “precisam de mais recursos para atender à demanda”.

A pandemia de Covid-19, que já dura um ano, está mantendo em casa alguns trabalhadores que apontam medo de aceitar ou retornar a empregos que poderiam expô-los ao coronavírus. Os dados da ADP foram publicados antes da divulgação, na sexta-feira, do relatório de emprego do governo e podem moderar expectativas de uma aceleração no crescimento das vagas em fevereiro.

O relatório da ADP, no entanto, tem um histórico ruim de previsão da parcela correspondente ao setor privado no relatório de emprego mais abrangente do governo.

“É uma decepção, dado que a queda nos números de casos de coronavírus e o relaxamento resultante nas medidas de contenção deveriam dar à economia uma injeção maior de ânimo”, disse Paul Ashworth, economista-chefe da Capital Economics.

A abertura de postos no setor privado dos EUA ficou em 117 mil empregos no mês passado, depois de somar 195 mil em janeiro, mostrou o Relatório Nacional de Emprego da ADP. O relatório é produzido em parceria com a Moody’s Analytics.

Economistas consultados pela Reuters previam geração líquida de 177 mil empregos em fevereiro.

No setor de construção, foram perdidas 3 mil vagas, enquanto na indústria a queda foi de 14 mil. As contratações no setor de serviços aumentaram em 131 mil, com criação de 26 mil postos em lazer e hospedagem.

Em um relatório separado nesta quarta-feira, o Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou que sua medida do emprego no setor de serviços caiu para uma leitura de 52,7 em fevereiro, de 55,2 em janeiro.

A retração do emprego no setor de serviços no mês passado contribuiu para a queda do índice mais amplo de atividade não manufatureira do ISM a uma mínima em nove meses, de 55,3 em fevereiro, ante leitura de 58,7 em janeiro. Uma leitura acima de 50 indica crescimento no setor de serviços, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA.

Economistas consultados pela Reuters previam que o índice ficaria estável em fevereiro.

Severas tempestades de inverno atingiram o Texas e partes da populosa região Sul dos Estados Unidos em meados de fevereiro, deixando milhões de pessoas sem água e energia.

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