Cientistas do Instituto Americano de Ciências Biológicas afirmam que a humanidade deve se preparar para mandar animais ameaçados de extinção congelados para a Lua. A ideia da ‘Arca de Noé’ espacial tem o objetivo de preservar as espécies de possíveis desastres causados pelas mudanças climáticas, guerras nucleares, pandemias, entre outros.
A equipe de especialistas sugere que amostras congeladas de tecido animal devem ser enviadas ao espaço para evitar a destruição e poderiam então ser enviadas de volta à Terra para trazer novas vidas ou levar espécies para outros planetas à medida que os esforços humanos para colonizar o cosmos progridem, relata o The Times.
Publicada recentemente no periódico BioScience, a proposta sugere que um biorrepositório na superfície do satélite preserve amostras que “seriam necessárias para reconstruir ecossistemas sustentáveis e favoráveis aos humanos durante voos espaciais, em outro planeta ou na Terra”.
Polinizadores, animais ameaçados de extinção como o elefante africano da savana e “animais culturalmente importantes” foram os primeiros a serem identificados como possíveis concorrentes.
Animais em extinção na Lua
A Lua é considerada um refúgio ideal, não só por sua ausência de atmosfera e, portanto, por não apresentar ameaça de mudanças climáticas, mas também por sua temperatura.
As condições em seu polo sul são consistentemente frias o suficiente para abrigar tecidos criopreservados conhecidos como fibroblastos.
Os cientistas destacam que “uma embalagem robusta” será essencial para proteger o material genético em sua jornada, e as amostras precisam estar protegidas da radiação solar, que é maior na Lua do que na Terra.
Os pesquisadores já estão testando a ideia com o gobião-estrelado, um pequeno peixe de recife que vive no Havaí, criopreservando suas células de barbatana e depois transformando-as em tecido congelado.
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Eles também sugeriram que a Estação Espacial Internacional poderia ser um laboratório enquanto os testes na terra continuam.
Vale lembrar que moscas de fruta, chimpanzés, cães, ratos e duas tartarugas já foram enviados ao espaço.
Biorrepositórios
A arca lunar se baseia na ideia de biorrepositórios que já protegem os elementos essenciais da vida, como o Svalbard Global Seed Vault, que armazena mais de um milhão de amostras de sementes no permafrost da Noruega.
Já o projeto Frozen Ark do Reino Unido, em Birmingham, protege cerca de 48.000 amostras genéticas de cerca de 5.500 espécies de animais ameaçados de extinção.