Mulher mata idosa em fila de banco após perder a paciência com a demora

Uma mulher que empurrou mortalmente uma idosa aposentada em uma fila de banco porque estava impaciente com a demora da vítima de 82 anos foi condenada a 16 meses de prisão por homicídio culposo, mas teve a pena suspensa na sexta-feira (31). O crime ocorreu em Welwyn Garden City, na Inglaterra. (Assista abaixo)

Mulher que empurrou e matou idosa em fila de banco tem pena suspensa

Foto: Montagem/Reprodução

Na ocasião, a vítima Myra Coutinho-Lopez – que sofria de Alzheimer – ficou no caixa por quase 30 minutos discutindo com a equipe do banco sobre um dinheiro que não lembrava de ter retirado de sua conta três dias antes.

Enquanto a idosa brigava com os funcionários do estabelecimento, uma longa fila de clientes que aguardavam para serem atendidos se formou atrás dela.

Em determinado momento, a faxineira Courtney Richman, de 26 anos, perdeu a paciência e gritou: “Depressa, as pessoas não têm o dia todo”. Em seguida, quando Myra finalmente saiu do balcão, a jovem aplaudiu sarcasticamente e disse: “Oh, graças a Deus”.

A aposentada não gostou do comentário e respondeu: “Não fale assim comigo, você é muito rude. Aposto que seu namorado te abandonou”. E, em seguida, usou a bolsa para bater na desconhecida que estava na fila do banco, que em resposta empurrou a idosa com força.

A senhora Coutinho-Lopez sofreu ferimentos múltiplos, entre eles, faturas no braço esquerdo e na coxa, e morreu no hospital em 16 de dezembro de 2021, dez dias depois do empurrão.

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Courtney sempre negou a intenção de matar a mulher, mas mesmo assim foi considerada culpada por homicídio culposo em fevereiro deste ano, pena que foi revertida na audiência de sexta-feira.

Decisão revolta familiares

Enquanto a jovem comemorou a liberdade, os familiares da idosa que morreu após ser empurrada na fila do banco ficaram indignados. Para Michelle Lopez, filha de Myra, a decisão da Justiça abre um “precedente” perigoso para a forma como as pessoas tratam os idosos.

“É muito doentio, estou tão perturbada. O júri a considerou culpada por unanimidade, para que a sociedade possa ver quando um erro é um erro. Mas o sistema judicial está a criar monstros que pensam que podem escapar impunes”, desabafou Michelle. “Irei ao Procurador-Geral e apelarei da sentença porque a considero excessivamente branda”, completou ainda.

Michele também criticou a apatia dos funcionários do banco, que estavam familiarizados com o estado “confuso” de sua mãe, mas não conseguiram desarmar a situação.

Da mesma forma, o juiz Michael Simon repreendeu a falta de atitude dos funcionários da agência. Ele afirmou que “não foram tomadas medidas eficazes para acalmar a discussão entre a sra. Coutinho-Lopez e o caixa” e que briga só terminou quando outro cliente “simpático” falou com ela.