Família fica presa no Alasca remoto após ser esquecida por navio de cruzeiro

Uma família de nove pessoas ficou presa em uma cidade remota do Alasca (EUA) depois de ser esquecida pelo navio cruzeiro em que viajava. Para piorar, eles ainda foram multados em quase R$ 50 mil por “perderem” o embarque. 

Família fica presa no Alasca remoto após ser esquecida por navio de cruzeiro
Família fica presa no Alasca remoto após ser esquecida por navio de cruzeiro. (Foto: Facebook/ Joshua Gault)

De acordo com a KJRH, os Gaults, de Oklahoma decidiram se juntar a outros familiares para uma reunião a bordo do Norwegian Encore, o que custou ao grupo de 16 pessoas mais de R$ 164 mil. 

Mas a viagem terminou abruptamente depois que a família de nove pessoas de Joshua Gault desembarcou para uma excursão da Norwegian Cruise Line para uma exposição do LumberJack em Ketchikan, Alasca, no último final de semana. 

Segundo Joshua, quando o evento chegou ao fim, ele disse que ele e sua esposa notaram uma correria louca para voltar ao ônibus que os levaria ao navio de cruzeiro.

“Fomos entrar no ônibus e um dos participantes disse: ‘O ônibus está cheio e você tem que esperar o próximo ônibus'”, contou Joshua. O próximo ônibus, porém, nunca apareceu.

Quando perceberam que outro ônibus não viria para resgatá-los, Joshua disse que eles ligaram para a autoridade portuária e uma van veio buscar a família, mas já era tarde demais.

Eles chegaram ao porto bem a tempo de ver suas roupas, medicamentos, passaportes e o resto de seus pertences partirem sem eles, pois ficaram presos em Ketchikan, uma cidade a mais de 2.400 quilômetros de Anchorage e quase 480 quilômetros de Juneau.

“Sabe, foi um pesadelo”, disse Joshua, descrevendo como ficou com seis filhos pequenos e sua sogra de 78 anos.

Família presa no Alasca por causa de cruzeiro 

Embora a maioria dos passaportes tenha sido transportada para fora do navio, um ficou para trás, o que significa que eles não puderam viajar de outra forma e encontrar o Norwegian Encore em seu próximo destino, o Canadá.

Assim, a família ficou presa no Alasca, enquanto tentava resolver a questão do passaporte que ficou no navio cruzeiro e arrumar outros meios para sair da cidade remota

Foi nesse meio tempo que Joshua descobriu que a empresa responsável pelo cruzeiro descontou de seu cartão de crédito mais de R$ 5 mil por cada membro da família que não embarcou no navio antes dele partir do Alasca

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Navio cruzeiro que deixou família no Alasca. (Foto: Divulgação/Norwegian Encore)

Por fim, os Gaults passaram vários dias viajando por diversas cidades e lidando com voos cancelados e pernoites em aeroportos para conseguirem voltar para casa.

Os gastos não esperados deixaram o pai de família “bastante apertado” e quando eles finalmente chegaram em Oklahoma, alguns membros da família testaram positivo para Covid-19

“Todos os voos para nove pessoas, toda a comida para nove pessoas, todas as estadias em hotéis. Então sim, estamos derrotados agora. Estamos doentes e derrotados”,

desabafou Joshua sobre as férias frustradas da família. 

Os Gaults acreditam que toda a confusão que resultou com eles sendo deixados no Alasca foi causada pelo atendente do ônibus, que não estava realmente verificando os canhotos das passagens, permitindo que pessoas de outro navio ocupassem seus assentos.

O que diz a empresa 

Em nota, as autoridades da Norwegian Cruise Line, responsável pelo cruzeiro, reconheceram que a família de nove pessoas “perdeu o tempo total de bordo do navio em Ketchikan, Alasca, devido a um erro de uma operadora de turismo local“.

Os representantes da empresa de cruzeiros acrescentaram que eles irão reembolsar a família pelas despesas incorridas, pela taxa paga pela Alfândega e Patrulha de Fronteira dos EUA e também providenciar um reembolso proporcional pelos dois dias de cruzeiro perdidos. 

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Por fim, “como um gesto de boa vontade, a empresa também oferecerá a cada um dos nove hóspedes um crédito para cruzeiro futuro na forma de um desconto de 20% na tarifa do cruzeiro, que pode ser usado na próxima viagem.”

Outro caso

O caso da família esquecida pelo cruzeiro no Alasca ocorreu poucos meses depois de um grupo de oito passageiros da Norwegian Cruise Line ficar presos em uma remota ilha africana.

Na ocasião, a empresa afirmou que os passageiros perderam o horário de embarque às 15h por mais de uma hora no dia 27 de março.

As autoridades do navio cruzeiro então entregaram seus passaportes para agentes portuários locais e o grupo de seis americanos e dois australianos foi deixado na ilha de São Tomé e Príncipe

Eles lançaram uma tentativa desesperada de se juntar ao navio nos dias seguintes, voando por seis países para chegar a Banjul, na Gâmbia, onde o navio deveria atracar em 1º de abril. No entanto, condições climáticas adversas fizeram com que o navio nunca chegasse à costa.

O grupo finalmente concluiu sua viagem de quase 3.200 quilômetros até Dacar, Senegal, em 2 de abril, onde a linha de cruzeiros confirmou o embarque novamente.

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