Um homem teve o rosto e parte dos corpo mutiladas por dois chimpanzés enquanto visitava um santuário de animais na Califórnia (EUA). James Davis e a esposa LaDonna foram atacados pelos animais durante um piquenique.
A história, no entanto, começa quase quarenta anos antes do ataque, no fim dos anos 60, quando o casal adotou o chimpanzé Moe, em visita à Tanzânia, após caçadores ilegais matarem a mãe do então filhote. O trio viveu feliz por muito tempo e o primata era considerado com um filho, inclusive, participando da cerimônia de casamento dos “pais” em 1970.
Na década de 90, Moe mordeu a mão de um policial após fugir e o dedo de uma mulher em um incidente. O que acabou fazendo com que fosse considerado, pelas autoridades de West Covina, “perigoso demais para viver com o casal” e acabou levado para um santuário animal.
Homem mutilado por chimpanzés desconhecidos
A partir daí, James e LaDonna não tinham autorização para o ver o chimpanzé sempre, mas em 2005, após muita insistência, o pedido para que os dois comemorassem o 39º aniversário de Moe junto com ele foi atendido. Assim, no dia 3 de março, ele foram para o santuário com uma variedade de presentes e guloseimas para um piquenique especial em seu recinto.
Ao avistar o casal, Moe não conseguiu esconder seu entusiasmo e mostrou sua alegria batendo palmas animadamente enquanto seus entes queridos se acomodavam para a data festiva.
Segundo LaDonna, então com 64 anos, ela estava sentada à mesa com o marido, se preparando para cortar o bolo de aniversário do chimpanzé, quando viu os outros dois chimpanzés pelo canto do olho. Moe ainda estava em sua gaiola e não pôde fazer nada para ajudar seus humanos favoritos.
“Eu me virei e eles começaram a atacar. James viu isso, me empurrou para trás de uma mesa e levou a pior”, contou.
contou.
O ataque só parou quando o genro dos donos do santuário atirou e matou os dois chimpanzés furiosos. Moe não se feriu.
Antes disso, no entanto, os poderosos macacos morderam e arrancaram partes do rosto, nádegas e testículos do homem indefeso. Ele perdeu um olho, o nariz, todos os dedos de ambas as mãos, os lábios, teve o pé mutilado e sofreu traumatismo craniano devido a forte mordida de um dos animais.
Os ataques brutais deixaram James internado no hospital por meio ano, onde ele ficou em coma à beira da morte, passando por mais de 60 cirurgias de 2005 a 2009.
“Não consigo mais fazer nada sozinho, exceto ficar sentado como uma planta em um vaso”, disse o homem mutilado pelos chimpanzés à Esquire em 2009.
Mais tarde, os proprietários do santuário explicaram que naquele dia, quatro chimpanzés, duas fêmeas e dois machos, escaparam de seus recintos e antes de serem encontrados, os machos adolescentes atacaram os humanos.
Ciúmes e território
A motivação do ataque nunca foi bem entendida, pois nenhum dos animais era violento ou havia apresentado algum tipo de comportamento perigoso durante os anos que viveram no santuário.
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Na época, a especialista em macacos Deborah Fouts, diretora do Chimp and Human Communication Institute na Central Washington University, ponderou que o ataque pode ter sido motivado por uma emoção que os chimpanzés podem compartilhar com os humanos: ciúmes.
“Os chimpanzés têm um senso real de certo e errado, de justiça e injustiça”, disse Fouts, que trabalhou com chimpanzés por quatro décadas. “Parece que as pessoas estavam dando muita atenção a Moe, bolo de aniversário e coisas do tipo… Talvez os outros chimpanzés estivessem com ciúmes de Moe.”
Outra motivação apontada é que os animais podem ter achado que o casal de humanos estava invadindo o seu território.