Um jovem que sobreviveu após ser cortado ao meio por uma empilhadeira contou que o tratamento que o manteve vivo incluiu a inserção de cocô (fezes) de outra pessoa dentro dele. Loren Schauers, de 23 anos, sofreu o terrível acidente de trabalho em 2019.
Na ocasião, Loren estava trabalhando na construção de um ponte quando a empilhadeira que ele operava despencou de uma altura de 15 metros. Com o impacto, ele foi jogado para fora do veículo, que acabou caindo sobre seu corpo.
Atualmente, Loren e sua esposa Sabia Reiche vivem em Great Falls, Montana (EUA), e compartilham o dia a dia do casal nas redes sociais.
Neste domingo (7), Loren revelou, em um vídeo publicado no Youtube, que passou por um procedimento médico “grosseiro” enquanto estave internado.
Ele explicou que foi submetido a um transplante fecal para que seu intestino voltasse a funcionar normalmente. “Fiz um transplante fecal. Em palavras sujas, é pegar o cocô de outra pessoa e colocá-lo dentro de você só para introduzir algumas bactérias intestinais saudáveis”, disse para a câmera.
“E o procedimento foi bom, muito simples. Levou apenas uma hora, foi bem rápido. Eles foram direto para a colostomia, não precisaram me abrir nem nada”,
completou o rapaz que foi cortado ao meio pela empilhadeira.
Sua esposa Sabia disse que eles “tentaram documentar parte do transplante fecal”, mas Loren foi rápido em explicar por que não o fizeram: “É nojento, você realmente não quer ver o interior do cólon de alguém”, disse.
No início deste ano, Loren falou abertamente sobre sua vida sexual, admitindo que viver sem órgãos sexuais não é tão ruim. Durante uma entrevista franca no hospital, Loren explicou que a ausência de genitália removeu seu “incômodo olho vadio”.
“Não estou tentando impressionar ninguém. Eu nem pensei sobre isso, mas sim, é bem libertador agora que eu não tenho pensamentos sexuais sobre essa garota aqui, ou impressionar aquela garota ali como antes”, ele disse. “Eu sou apenas eu, estou na minha zona. Isso me ajuda a ficar longe de problemas.”
Em resposta, Sabia concordou com o marido e contou que notou a diferença após ele perder os órgãos sexuais. “Garota ou cara, você está apenas existindo e conversando com eles e saindo, eu notei isso muito. Com minhas amigas no passado eu ficava tipo ‘você está flertando?!’ e agora como se fossem apenas amigos”, falou ela.
Por fim, Sabia lembrou que Loren já foi “controlado” pelos hormônios sexuais, o que não acontece mais:
“Enquanto antes, porque obviamente Loren é muito atraído por mulheres e já foi um adolescente com hormônios em fúria que controlavam todas as suas decisões e, tipo, você pode notar essa diferença na maneira como ele se comporta.”
Jovem é cortado ao meio por uma empilhadeira
No dia do acidente, Loren trabalhava com a empilhadeira em uma ponte, mas acabou se aproximando muito da borda, ao tentar desviar de um carro que o ultrapassou de forma ilegal, e despencou de 15 metros. O veículo de quatro toneladas rolou três vezes antes de cair sobre a parte inferior do seu corpo e ainda atingiu metade do braço direito.
“Eu estava consciente o tempo todo. Meus olhos estavam bem abertos e vi a empilhadeira descer e pousar em meus quadris e meu antebraço direito”,
contou Loren à SWNS em 2020.
Ele ficou preso sob a empilhadeira antes de ser levado ao hospital. “Lembro-me de olhar para a minha direita com a empilhadeira em cima do meu corpo e havia um pedaço grande e velho de músculo do meu braço caído no chão ao meu lado. Ele tinha explodido instantaneamente com o impacto”, o jovem ainda relembrou.
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Loren foi submetido a uma longa cirurgia de emergência, mas apesar de sobreviver, começou a piorar e possivelmente iria morrer caso não fosse submetido a uma hemicorporectomia, operação que consiste na amputação da pelve, sistema urinário, ossos pélvicos, ânus e reto do paciente e membros inferiores, por meio da desarticulação ao nível da coluna lombar.
Consciente, ele concordou em ser cortado ao meio caso essa fosse a condição para manter sua vida e assim foi feito. Além disso, Loren também precisou amputar a parte de seu braço que foi esmagada.
Desde então, ele luta para manter sua saúde e muitas vezes enfrenta problemas decorrentes de sua condição, como dores nos membros “fantasma”, infecções, entre outros. Mas, apesar de tudo, Loren sempre faz questão de ressaltar que optou por tentar ser feliz ao invés de assumir a postura de vítima.
“Não é culpa de mais ninguém que minha dor exista. Não vou ficar sentado aqui, chafurdando e surtando com o mundo inteiro. Ainda vou tentar ser o mais alegre que puder, mesmo que eu esteja sentado aqui morrendo de dor às vezes”,
disse Loren, em entrevista.