Menino afirma que morreu nos ataques terroristas de 11 de setembro

A história do menino que afirmou aos pais que costumava trabalhar no World Trade Center e morreu nos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 é um dos casos mais conhecidos de reencarnação. Atualmente, Cade é um adulto, mas sua infância foi marcada por lembranças de uma morte traumática ocorrida depois que os aviões atingiram as torres gêmeas em Nova York, deixando quase 3 mil mortos.

Menino afirma que morreu nos ataques terroristas de 11 de setembro. (Imagem: Reprodução)

Segundo os familiares de Cade, sempre houve algo extraordinário nele, desde o momento em que nasceu.

Começando pelo fato de que seus pais, Molly e Rick, já haviam sido informados por médicos de que nunca poderiam ter filhos. Assim, quando a gestação foi descoberta, os dois se sentiram abençoados por terem um bebê milagroso.

Aos dois meses e meio de idade, Cade começou a chamar atenção porque era extremamente precoce e já estava tentando andar. Dali para frente, o desenvolvimento da criança continuou muito rápido e ele atingiu todos os marcos infantis extremamente cedo.

Até sua própria avó, Fae, admitiu que ele era diferente: “Ele era como um velho. Ele não era como o bebê saltitante. Ele apenas olhava para você como: ‘quem é você? o que você é?'”, lembrou a idosa.

De acordo com a mãe, quando tinha dois anos, ele já usava “palavras muito intrincadas e inteligentes” e conseguia “manter conversas com adultos”.

Mas foi por volta dos três anos de idade que o menino começou a dizer que se lembrava de ter morrido. Em entrevista à LMN para um programa chamado The Ghost Inside My Child em 2011, Molly relembrou:

“Eu estava na cama e Cade começava a chorar no meio da noite e ele acordava gritando sobre trabalhar em um prédio alto e conseguir ver a Estátua da Liberdade do seu escritório. Ele me disse que sonhou que estava caindo junto com o prédio e que foi assim que ele morreu. É surreal ter uma criança de três anos falando sobre a própria morte e Nova York”, disse Molly.

“Sinceramente, comecei a pensar… será que ele poderia estar no World Trade Center? Mas havia uma grande parte de mim que dizia espere um minuto, isso não pode ser”,
completou a mãe.

Conforme Rick, o filho não tinha informação nenhuma sobre a existência do World Trade Center ou o que havia ocorrido com o arranha-céu. “Nós não mostramos nada a ele, não havia como ele saber sobre isso. Foi antes da escola. Foi antes da pré-escola”, disse o pai.

Além disso, a família não conhecia ninguém envolvido nos ataques terroristas ao World Trade Center em 11 de setembro de 2001 e Cade, que nasceu em 2004, nunca tinha estado em Nova York.

“Notei que era uma esquisitice, mas nunca pensei em nada sobre isso. Eu apenas achava que ele tinha uma imaginação fértil”,
disse Molly ao programa.

Mas conforme Cade foi crescendo, ele se tornou “obcecado por aviões” e ficava “frenético” perto de prédios altos.

Molly admitiu que inventou desculpas para o comportamento do filho por um tempo, mas chegou a um ponto em que ela “não conseguia mais negar”.

“Ele simplesmente disse que estava em um prédio que foi atingido por alguma coisa, que explodiu e que ele caiu. As peças de repente se juntaram como um quebra-cabeça, os aviões, os prédios altos. Essa pessoa estava no World Trade Center”, disse a mãe.

“O avião atingiu o World Trade Center e depois ficou preso no prédio. Quando eu estava caindo, eu ainda estava vivo e então todos os escombros me atingiram. Eu não senti nada porque eu morri”,
contou o próprio Cade aos apresentadores do programa.

Molly se sentia impotente, incapaz de saber o que fazer para ajudar seu filho a superar as memórias e admitiu que estava “muito triste por ele”. Para piorar, a situação foi evoluindo e, em determinado momento, Cade começou a pedir para ela mudar seu nome, insistindo que ele não se chamava Cade. Foi então que ele disse qual era seu “verdadeiro” nome e ela começou a investigar.

“O que dizer quando um menino de três anos te conta que se você cair de uma altura muito grande, você escuta os seus órgãos chacoalhando“, destacou a avó do menino que dizia que morreu no ataque de 11 de setembro.

A mãe então compartilhou a história do filho em um fórum na esperança de encontrar respostas e descobriu que havia um homem que trabalhou e morreu nas Torres Gêmeas cuja “vida imita o que Cade descreve como foi sua vida e morte”.

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“Fiquei absolutamente chocada. Peguei o obituário, as fotos, mas nunca pensei em contatar a família da vítima. Continuar a seguir adiante com qualquer coisa a ver com o 11/9 pode interromper o processo de luto deles. Mas também, o que você diria? Seu filho não morreu, ele é apenas alguém diferente agora. Imagino que se alguém me ligasse com essa informação, eu desligaria o telefone”, disse a mãe.

Na época, ela ainda descreveu a tristeza dela e do marido por estarem “perdidos há anos” em relação à situação e disse que Cade tinha dificuldade para fazer amigos porque outras crianças o chamavam de mentiroso e riam dele e os professores também não gostavam do menino.

Molly e Rick afirmaram que sua prioridade era ajudar o filho a “se sentir confortável em seu corpo Cade”. “Preciso que ele aprenda a ser Cade, aprenda a ser criança novamente, aprenda a rir e acho que chegaremos lá, acredito”, acrescentou Molly.

O programa terminou com a notícia de que Cade havia começado a jogar em uma liga de futebol e estava melhorando na escola, mas ainda tinha pesadelos.

Nenhuma informação adicional sobre Cade foi divulgada desde então. Ele agora teria 20 anos.

Depois que a entrevista ressurgiu recentemente no YouTube, muitos se perguntaram como o menino que dizia que morreu no ataque de 11 de setembro está se saindo, já que alguns relembraram situações semelhantes com seus filhos que “superaram” suas “memórias de vidas passadas”.