Viagra eletrônico: saiba como funciona a ereção por controle remoto

O termo ‘viagra eletrônico’ foi parar entre os assuntos mais procurados na web nos últimos dias, depois que uma empresa da Suíça afirmou ter desenvolvido um dispositivo que controla a disfunção erétil por controle remoto. O aparelho se chama CaverSTIM e já está em fase de teste. 

O termo ‘viagra eletrônico’ foi parar entre os assuntos mais procurados na web nos últimos dias, depois que uma empresa da Suíça afirmou que desenvolveu um dispositivo que controla a disfunção erétil por controle remoto. O aparelho se chama CaverSTIM e já está em fase de teste. O aparelho digital foi desenvolvido pelo cientista brasileiro Rodrigo Fraga Silva. De Belo Horizonte e ex-aluno da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde se formou em farmácia, ele é cofundador e CEO da empresa Comphya, responsável pelo produto inovador contra a impotência sexual. Em entrevista, Silva contou que o ‘viagra eletrônico’ já está sendo testado no Brasil e na Austrália e que os resultados são promissores. Como funciona o viagra eletrônico De acordo com o cientista, o viagra eletrônico ou digital funciona como uma espécie de marcapasso com a função de estimular, ativar e reabilitar os nervos da região do órgão sexual masculino. “[Trata-se de] um neuroestimulador em que os eletrodos são implantados na região pélvica e o estimulador entrega estímulos nervosos que podem ativar e reabilitar os nervos”, disse Silva. Detalhadamente, o paciente passa por uma cirurgia minimamente invasiva para implantar o neuroestimulador CaverSTIM no assoalho pélvico. Posteriormente, basta acionar o dispositivo pelo controle remoto para ter uma ereção. Leia também: Cientistas criam robô com cérebro ‘humano’ de inteligência híbrida Transplante de cabeça é possível e logo será realidade, diz startup Como a ereção acontece? A malha de eletrodos múltiplos implantados tem o poder de estimular o nervo cavernoso, que inerva os corpos cavernosos e esponjosos para iniciar os eventos neurovasculares que culminam na ereção. No entanto, o processo é feito de forma personalizada devido a uma variabilidade anatômica grande no assoalho pélvico dos homens. Assim, após o implante, quando o paciente acorda, os médicos fazem um mapeamento de quais eletrodos estão tocando o nervo em uma melhor posição e irão auxiliar de melhor forma para corrigir a disfunção erétil. Com isso, são definidos os eletrodos que irão funcionar. O vídeo abaixo, produzido pela Comphya, explica o funcionamento do viagra eletrônico. Veja: https://www.youtube.com/watch?v=Q2OsBjEQdww&ab_channel=Comphya Quem pode usar o viagra eletrônico O viagra eletrônico foi pensado para ser uma alternativa aos tratamentos tradicionais contra disfunção erétil oferecidos no mercado. O cientista destacou que 30% dos homens afetados pela impotência sexual não têm respostas positivas às terapias orais e precisam utilizar injeções ou implantes penianos. “Hoje, esses pacientes não respondem bem à terapia oral, com o Viagra e o Cialis, e a única terapia que funciona são injeções penianas ou próteses penianas, soluções bem dolorosas. O que a gente busca hoje é uma solução muito mais confortável e melhor para esses pacientes”, afirmou o brasileiro à Rádio França Internacional (RFI). Ele ainda explicou que os pacientes que passaram por prostatectomia, remoção da próstata em tratamento contra o câncer, ou com lesão medular são os principais focos do projeto do CaverSTIM no momento. Futuramente, a Comphya pretende mirar no auxílio a outros segmentos como, por exemplo, homens com diabetes. Testes do CaverSTIM Ainda conforme o criador do viagra eletrônico, os testes na Austrália têm sido feitos com pacientes prostatectomizados, os quais conseguiram recuperar a função sexual com o uso do dispositivo. “A gente começou dois testes até agora – um, na Austrália, onde estamos testando em pacientes que fizeram prostatectomia. A gente implanta o dispositivo no momento da prostatectomia e aí os resultados são fantásticos. O que a gente observa é que os pacientes recuperam completamente a função sexual, pós-prostatectomia, ou seja, eles voltam ao estado em que estavam antes da cirurgia”, detalha o brasileiro. Já no Brasil, os ensaios ocorrem com pacientes com com lesão medular no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André (SP). “A empresa também está fazendo outro teste no Brasil em pacientes com lesão medular. A gente implanta esse dispositivo e observa também uma melhora na função sexual desses pacientes. É claro que ambos os testes estão em fase inicial, ainda em execução, mas os resultados preliminares são muito promissores”, pontua. Quando chega ao mercado Vale destacar que CaverSTIM ainda tem um longo caminho antes de chegar ao mercado. Os testes realizados no momento são pilotos e poucos pacientes são submetidos ao procedimento. O próximo passo é a realização dos chamados testes clínicos pivotais, quando um número maior de pacientes usarão o viagra eletrônico para comprovar sua eficácia. O registro junto às agências regulatórias dos países só pode ser solicitado se os testes pivotais apresentarem resultados robustos de segurança e eficácia.
Viagra eletrônico: disfunção erétil perde a batalha para a tecnologia. (Imagem: Divulgação)

O aparelho digital foi criado pelo cientista brasileiro Rodrigo Fraga Silva. De Belo Horizonte e ex-aluno da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde se formou em farmácia, ele é cofundador e CEO da empresa Comphya, responsável pelo produto inovador contra a impotência sexual

Em entrevista, Silva contou que o ‘viagra eletrônico’ já está sendo testado no Brasil e na Austrália e que os resultados são promissores. 

Como funciona o viagra eletrônico

De acordo com o cientista, o viagra eletrônico ou digital funciona como uma espécie de marcapasso com a função de estimular, ativar e reabilitar os nervos da região do órgão sexual masculino. 

“[Trata-se de] um neuroestimulador em que os eletrodos são implantados na região pélvica e o estimulador entrega estímulos nervosos que podem ativar e reabilitar os nervos”,

disse Silva. 

Detalhadamente, o paciente passa por uma cirurgia minimamente invasiva para implantar o neuroestimulador CaverSTIM no assoalho pélvico. Posteriormente, basta acionar o dispositivo pelo controle remoto para ter uma ereção

Leia também:

Como a ereção acontece? 

A malha de eletrodos múltiplos implantados nos pacientes tem o poder de estimular o nervo cavernoso, que inerva os corpos cavernosos e esponjosos para iniciar os eventos neurovasculares que culminam na ereção. 

No entanto, o processo é feito de forma personalizada devido a uma grande variabilidade anatômica no assoalho pélvico dos homens. Assim, após o implante, quando o paciente acorda, os médicos fazem um mapeamento de quais eletrodos estão tocando o nervo em uma melhor posição e irão auxiliar de melhor forma para corrigir a disfunção erétil. Com isso, são definidos os eletrodos que irão funcionar. 

O vídeo abaixo, produzido pela Comphya, explica o funcionamento do viagra eletrônico. Veja: 

Quem pode usar o viagra eletrônico

O viagra eletrônico foi pensado para ser uma alternativa aos tratamentos tradicionais contra disfunção erétil oferecidos no mercado. O cientista destacou que 30% dos homens afetados pela impotência sexual não têm respostas positivas às terapias orais e precisam utilizar injeções ou implantes penianos. 

“Hoje, esses pacientes não respondem bem à terapia oral, com o Viagra e o Cialis, e a única terapia que funciona são injeções penianas ou próteses penianas, soluções bem dolorosas. O que a gente busca hoje é uma solução muito mais confortável e melhor para esses pacientes”,  

afirmou o brasileiro à Rádio França Internacional (RFI).

Ele ainda explicou que os pacientes que passaram por prostatectomia, remoção da próstata em tratamento contra o câncer, ou com lesão medular são os principais focos do projeto do CaverSTIM no momento. Futuramente, a Comphya pretende mirar no auxílio a outros segmentos como, por exemplo, homens com diabetes.

Testes do CaverSTIM

Ainda conforme o criador do viagra eletrônico, os testes na Austrália têm sido feitos com pacientes prostatectomizados, os quais têm conseguido recuperar a função sexual com o uso do dispositivo. 

“A gente começou dois testes até agora – um, na Austrália, onde estamos testando em pacientes que fizeram prostatectomia. A gente implanta o dispositivo no momento da prostatectomia e aí os resultados são fantásticos. O que a gente observa é que os pacientes recuperam completamente a função sexual, pós-prostatectomia, ou seja, eles voltam ao estado em que estavam antes da cirurgia”, detalha o brasileiro. 

Já no Brasil, os ensaios ocorrem com pacientes com com lesão medular no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André (SP).

“A empresa também está fazendo outro teste no Brasil em pacientes com lesão medular. A gente implanta esse dispositivo e observa também uma melhora na função sexual desses pacientes. É claro que ambos os testes estão em fase inicial, ainda em execução, mas os resultados preliminares são muito promissores”,

pontua. 

Quando chega ao mercado?

Vale destacar que CaverSTIM ainda tem um longo caminho antes de chegar ao mercado. Os testes realizados no momento são pilotos e poucos pacientes são submetidos ao procedimento. O próximo passo é a realização dos chamados testes clínicos pivotais, quando um número maior de pacientes usarão o viagra eletrônico para de fato comprovar sua eficácia

Por fim, o registro junto às agências regulatórias dos países só pode ser solicitado se os testes pivotais apresentarem resultados robustos de segurança e eficácia. 

Entre no grupo do Massa News
e receba as principais noticias
direto no seu WhatsApp!
ENTRAR NO GRUPO
Compartilhe essa matéria nas redes sociais
Ative as notificações e fique por dentro das notícias
Ativar notificações
Dá o play plus-circle Created with Sketch Beta. Assista aos principais vídeos de hoje
Colunistas plus-circle Created with Sketch Beta. A opinião em forma de notícia
Alorino
Antônio Carlos
Claudia Silvano
Edvaldo Corrêa
Fabiano Tavares
Gabriel Pianaro
Guilherme C Carneiro
chevron-up Created with Sketch Beta.