Começou às 13h30 desta quarta-feira (12) o julgamento de Carlos Eduardo dos Santos, acusado da morte de Rachel Genofre, que teve o corpo encontrado dentro de uma mala na rodoviária de Curitiba, em novembro de 2008. Familiares da garotinha chegaram ao Tribunal do Júri, na capital, e se concentram para fazer uma oração e também um protesto pedindo a condenação do réu.
Com sete testemunhas, sendo quatro do Ministério Público do Paraná (MP-PR) e outras três de defesa, o julgamento acontecerá da seguinte forma: primeiro, serão as versões de testemunhas do caso e, posteriormente, será a vez do acusado que está detido no presídio de Sorocaba, no interior de São Paulo, onde responde por outros crimes. Ele será interrogado por videoconferência. Já o conselho de sentença é formado por dois homens e cinco mulheres.
A expectativa do Ministério Público do Paraná é que Carlos Eduardo seja condenado pela morte de Rachel Genofre.
“Não temos como afirmar, mas a expectativa é que acabemos hoje. Esperamos que a sociedade representada pelos jurados responsabilize o Carlos Eduardo por esse crime tão bárbaro, que chocou o Brasil inteiro” afirmou Promotor de Justiça, Lucas Cavini, em entrevista à Rede Massa.
Se condenado, o réu deve cumprir pena pelo crime cometido contra Rachel Genofre além dos que já responde criminalmente em São Paulo.
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Caso Rachel Genofre
O crime ganhou repercussão nacional pela forma em que foi cometido e, onze anos depois, a polícia identificou o autor graças à comparação de DNA recolhido na cena do crime a um banco de perfis genéticos de suspeitos.
O corpo da menina Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre foi encontrado na Rodoferroviária de Curitiba em 5 de novembro de 2008, dois dias depois dela desaparecer, na saída do Instituto de Educação, no Centro de Curitiba. Ela foi localizada embaixo de uma escada, numa mala, envolvida em dois lençóis. Laudos técnicos da Polícia Científica do Paraná comprovaram que Rachel sofreu violência sexual.
Em depoimento à polícia, Carlos Eduardo confessou que atraiu a menina, que saía do colégio, dizendo que era diretor de um programa infantil e que ela teria sido selecionada para participar. Assim que a menina foi até o apartamento do acusado, o crime foi cometido.