PARIS (Reuters) – Com uma coleção chamada “Toxique, c’est chic”, que mostra as técnicas de tricô que ele aperfeiçoou sob o lockdown da Covid-19 em casa, James Giltner está entre os aspirantes a estilistas que estreiam sob os holofotes em uma edição incomum da Semana da Moda de Paris.
Os dez dias de desfiles de alta moda realizados normalmente na capital francesa serão substituídos por apresentações e filmes na internet, ecoando uma configuração semelhante usada em Nova York, Londres e Milão.
Mas além das grandes grifes, que vão de Christian Dior e Vivienne Westwood a Dries Van Noten, estudantes prestes a se graduar no Institut Français de la Mode de Paris (IFM) também terão seu lugar ao sol pela primeira vez.
Seus desfiles filmados dão início nesta segunda-feira ao evento, anunciado como uma homenagem à jovem “geração Covid” transtornada pela pandemia.
“Ultimamente, andamos meio pessimistas, especialmente no setor da moda, sabendo que muitas pessoas estão perdendo o emprego, que as coisas estão tomando um certo rumo, quem realmente está comprando roupas – sequer existem eventos para as pessoas irem?”, disse Giltner.
“Acho que o importante é meio que manter o sonho vivo”.
As criações fantásticas de Giltner, como vestidos curtos tridimensionais com redemoinhos prateados que lembram conchas e moluscos, foram fortemente influenciadas pelo artesanato do tricô, que ele explorou em seu quarto durante a pandemia, contou ele.
A Semana da Moda de Paris vai de 1º a 10 de março.
(Por Michaela Cabrera, Ardee Napolitano e Noemie Olive)