Ibovespa fecha em queda após volatilidade com quadro fiscal; Petrobras pesa

Por Paula Arend Laier

Sede B3

SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa fechou em queda nesta quarta-feira, após mais uma sessão volátil, afetada por perspectivas relacionadas ao cenário fiscal brasileiro e agravamento da pandemia de Covid-19, com Petrobras novamente entre as maiores pressões negativas.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 0,32%, a 111.183,95 pontos.

Na parte da tarde, o Ibovespa chegou a superar os 112 mil pontos, com o BTG Pactual relacionado a melhora a comentários do presidente da Câmara dos Deputados no sentido de manter o Bolsa Família dentro do teto de gastos.

“Tanto o Senado quanto a Câmara votarão as PECs sem nenhum risco ao teto de gastos, sem nenhuma excepcionalidade ao teto. Essas especulações não contribuem para o clima de estabilidade e previsibilidade”, afirmou Lira no Twitter.

Um gestor ouvido pela Reuters também citou ruídos de que Ministério da Economia estava evoluindo nas negociações com os senadores para não retirar o Bolsa Família do teto de gastos como componente para a melhora.

O novo parecer da PEC Emergencial, com uma versão mais desidratada da proposta, de forma a facilitar sua votação, foi oficialmente protocolado e lido em plenário na terça-feira.

No mercado, houve ruídos sobre o Bolsa Família ser retirado do teto, movimento visto como negativo do ponto de vista fiscal. Na versão protocolada não havia previsão de retirada do Bolsa Família, mas especulava-se a possibilidade de mudanças.

“Tudo que envolve contabilidade criativa para financiar gastos públicos é motivo para uma resposta negativa do mercado”, reforçou o analista Rafael Ribeiro, da Clear Corretora.

Mais cedo, no pior momento, o Ibovespa chegou a recuar 3,6%.

O noticiário vespertino também trouxe informações de que o Ministério da Saúde vai assinar com a Pfizer para comprar vacinas do laboratório contra Covid-19.

O governador de São Paulo, por sua vez, anunciou que o Estado voltará à fase mais restritiva do plano de quarentena, na qual somente atividades consideradas essenciais podem operar, a partir de sábado, por 14 dias.

Logo após o fechamento, o Ministério da Saúde divulgou 1.910 novas mortes em decorrência da Covid-19, novo recorde para um dia desde o começo da pandemia.

Em meio à volatilidade, a temporada de balanços no Brasil continuou no radar com Magazine Luiza entre os destaques aguardados ainda nesta quarta-feira.

A B3 também divulgou novos horários de negociação a partir de 15 de março, em razão do começo do horário de verão nos Estados Unidos. No mercado à vista de ações, o fechamento será adiantado em 1h, para 17h.

DESTAQUES

– PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíram 3,64% e 4,29%, respectivamente, ainda afetadas por incertezas envolvendo a petrolífera, particularmente a autonomia para os preços de combustíveis. Quatro membros de seu conselho de administração rejeitaram indicação para recondução aos cargos. Após o fechamento, a companhia divulgou que mais um conselheiro afirmou que não pretende ser reconduzido. O Santander cortou a recomendação dos papéis para ‘manter’, bem como reduziu o preço-alvo da ON para 20 reais.

– ITAÚ UNIBANCO PN avançou 0,23%, após fechar com alta de 4% na véspera, enquanto agentes financeiros continuam avaliando os efeitos no setor após anúncio de aumento na alíquota da Contribuição Sobre Lucro Líquido (CSLL) nos bancos. BRADESCO PN subiu 0,88%. BANCO DO BRASIL ON avançou 0,21%, tendo ainda no radar ruídos envolvendo o comando do banco de controle estatal.

– CVC BRASIL ON caiu 4,53%, engatando a quinta sessão consecutiva de queda, em meio ao agravamento da pandemia de Covid-19 no país e o risco de recrudescimento em medidas de restrição de circulação.

– VIA VAREJO ON fechou em baixa 0,83%, perdendo o fôlego das máximas registradas no começo do pregão, quando chegou a subir 2,75%. A companhia passou de prejuízo para lucro no quarto trimestre, uma vez que o salto do comércio eletrônico e a reabertura de lojas físicas aceleraram ganhos de produtividade da dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio. MAGAZINE LUIZA ON subiu 3,5%.

– VALE ON cedeu 1,23%, apesar da alta do minério de ferro na China. No setor de mineração e siderurgia, o desempenho foi misto: CSN ON encerrou em alta de 1,66%, USIMINAS PNA ganhou 0,52% e GERDAU PN caiu 0,33%. Na China, os futuros do aço chegaram a atingir o maior nível em uma década, em meio a plano chinês de adotar mais medidas de proteção ao ambiente.

Para ver as maiores baixas do Ibovespa, clique em

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(Edição Alberto Alerigi Jr.)

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