Por Jill Serjeant e Lisa Richwine
LOS ANGELES (Reuters) – “Mank”, drama da Netflix ambientado na Hollywood dos anos 1930, liderou as indicações ecléticas ao Oscar anunciadas nesta segunda-feira, que contaram com várias novidades, mas nenhum favorito à maior honraria da indústria cinematográfica.
“Mank”, filme sobre o roteirista de “Cidadão Kane”, Herman Mankiewicz, recebeu dez indicações, entre elas a de melhor filme, melhor diretor para David Fincher e melhores atores para Gary Oldman e Amanda Seyfried, mas a maioria delas foi para categorias técnicas, como engenharia de som e maquiagem.
Receberam seis indicações os outros candidatos a melhor filme, “Meu Pai”, “Judas e o Messias Negro”, sobre o Pantera Negra, o drama em língua coreana “Minari”, “Nomadland”, a história de vingança da era #MeToo “Promising Young Woman”, o drama sobre surdez da Amazon Studio “O Som do Silêncio” e o drama de tribunal dos tempos da Guerra do Vietnã “Os 7 de Chicago”.
Nove dos 20 indicados nas categorias de atuação não são brancos, e pela primeira vez concorrem um ator muçulmano (Riz Ahmed) e uma sul-coreana (Yuh-Jung Youn, de “Minari”), o que a revista Variety descreveu como o grupo de indicados mais diverso da história do Oscar.
Um recorde de 76 indicações foram para mulheres, disse a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. Pela primeira vez nos 93 anos de história da premiação, duas mulheres estarão entre os cinco concorrentes ao prêmio de melhor direção, onde os homens predominam há tempos.
Como se esperava, a Netflix liderou com 35 indicações após um ano no qual a pandemia de coronavírus forçou estúdios a adiarem dezenas de lançamentos ou estreá-los em plataformas de streaming.
Entre os atores, o falecido Chadwick Boseman foi indicado pela primeira vez, Frances McDormand, que já ganhou uma estatueta, voltará a disputar, e Viola Davis, Carey Mullingan, Vanessa Kirby, Riz Ahmed e Gary Oldman também foram indicados.
Os prêmios do Oscar serão entregues em uma cerimônia no dia 25 de abril.