Desembargador que usou fala machista tira licença remunerada

desembargador Luis Cesar de Paula Espindola, do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), pediu afastamento de 20 dias após a repercussão de uma fala de cunho machista. O magistrado disse que “mulheres estão loucas atrás de homens” durante sessão da Corte no dia 4 de julho.

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Foto: Reprodução/TJPR

O pedido de licença remunerada foi feito pelo desembargador, que alegou “questões pessoais”. Ele vai ficar adastados das sessões durante o período.

Segundo o Portal da Transparência do TJPR, no mês de maio o desembargador teve um rendimento de R$ 133.626,83. Com os descontos, o salário líquido foi de R$ 92.673,88.

Desembargador usou frase de cunho machista durante sessão: CNJ investiga

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu uma reclamação disciplinar contra o desembargador Luis Cesar de Paula Espindola.

declaração do desembargador aconteceu durante a análise do pedido de uma medida protetiva de uma menina de 12 anos contra um professor denunciado por assédio.

Entre outras falas de cunho machista, Espíndola também disse que a advogada da vítima teria feito um “discurso feminista desatualizado”.

A reclamação disciplinar foi assinada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão. No documento, ele justifica o processo pelo “discurso potencialmente preconceituoso e misógino em relação à vítima de assédio envolvendo menor de 12 anos”.

De acordo com a decisão do ministro, o processo vai tramitar em segredo de justiça. A partir de agora, o desembargador Luis Cesar de Paula Espindola deve ser intimado para apresentar sua defesa em até 15 dias.

O TJPR também vai investigar as falas do magistrado e divulgou uma nota repudiando as falas machistas e misóginas.

Desembargador Luis Cesar Espindola pediu desculpas

Em nota, o desembargador pediu desculpas pelas falas proferidas na sessão do TJPR. Leia abaixo:

“Esclareço que nunca houve a intenção de menosprezar o comportamento feminino nas declarações proferidas por mim durante a sessão da 12ª Câmara Cível do tribunal, afinal, sempre defendi a igualdade entre homens e mulheres, tanto em minha vida pessoal quanto em minhas decisões. Lamento profundamente o ocorrido e me solidarizo com todas e todos que se sentiram ofendidos com a divulgação parcial do vídeo da sessão.”

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