O número de refugiados ucranianos ultrapassou a marca dos 10 milhões, na manhã desta terça-feira (2), devido à guerra com a Rússia. Segundo dados do programa de monitoramento da Organização das Nações Unidas (ONU), mais da metade do grupo (6,1 milhões) permanece no continente europeu, enquanto apenas 3,7 milhões estão inscritos em programas de proteção temporária.
Diferente do registrado no início da ofensiva, a Rússia segue agora como país que mais recebe refugiados procedentes da Ucrânia, contabilizando mais de 1,8 milhões de pessoas. Em seguida, estão a Polônia (1,2 milhões), Eslováquia (87 mil), Moldávia (86 mil), Romênia (84 mil) e Hungria (27 mil).
A marca supera a previsão feita por membros da ONU, no início de abril, de 8 milhões de refugiados. O número é o dobro da primeira projeção feita pela organização, em 24 de fevereiro, quando 4 milhões de deslocados eram esperados. Na data, a cifra já era considerada como a maior movimentação migratória na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
O alto comissário da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, afirmou que os países estão conseguindo administrar a chegada dos civis ucranianos, mas que a situação pode se complicar caso o conflito continue por muito tempo, uma vez que as nações ainda estão se recuperando da crise econômica causada pela pandemia de covid-19.
“Muitos chegam de carro e, sobretudo, têm vínculos, podem viajar até onde possuem família, amigos, uma comunidade. No entanto, é possível que, caso a guerra continue, comecemos a observar pessoas sem recursos ou vínculos e isto será um problema mais difícil de administrar para os países europeus”, disse.
Informações SBT News