Por Michael Holden e Sarah Mills
LONDRES (Reuters) – O príncipe Harry e sua esposa, Meghan, decidiram muito tempo atrás não participar do jogo tradicional da realeza, e no domingo romperão com as normas novamente em uma entrevista detalhada com a apresentadora norte-americana Oprah Winfrey.
Ressentidos com manchetes às vezes críticas de tabloides e com a intromissão da imprensa no Reino Unido, eles já anunciaram que abandonarão as ocupações oficiais, mudaram-se para a Califórnia com o filho pequeno, Archie, e cortaram relações com os maiores tabloides britânicos.
No mês passado, Meghan teve sucesso ao processar o Mail on Sunday, que publicou trechos de uma carta que ela escreveu ao pai.
Já na terça-feira, o casal emitiu um comunicado dizendo que Meghan ficou “entristecida” com uma reportagem do Times a respeito de uma queixa de assédio contra ela, classificando-a como um “ataque contra seu caráter”.
Para seus apoiadores, a entrevista televisionada de domingo é uma chance de passar tudo em panos limpos e delinear seus planos para o futuro. Para seus detratores, é uma demonstração de hipocrisia.
“Eles disseram que estavam indo embora porque querem privacidade. E parece que no último ano eles fizeram pouca coisa além de buscar publicidade”, disse a comentarista real Penny Junor.
Depois do casamento, Harry, de 36 anos, e a ex-atriz Meghan, de 39, já haviam se queixado de que algumas reportagens sobre Meghan, cujo pai é branco e cuja mãe é afro-norte-americana, foram vingativas ou até racistas.
Meghan classificou a abordagem de parte da mídia com a monarquia britânica como um “jogo”.