Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) – O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira que está “praticamente na fase final de negociações” com a Moderna para fechar um contrato para a compra da vacina do laboratório norte-americano contra a Covid-19, e a expectativa é que o acerto seja firmado até a próxima semana, informou o órgão.
Segundo comunicado da pasta, representantes da Moderna confirmaram nesta sexta-feira ao secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, que poderão entregar em 2021 ao Brasil 13 milhões de doses do imunizante.
“A confirmação dessas informações, agora, entre outros dados, nos ajuda a ter segurança para acelerarmos a assinatura do contrato que queremos para agilizar e fortalecer a nossa ação de imunização de todos os brasileiros contra a Covid-19”, disse Franco, conforme o documento.
Na quinta-feira, a Reuters antecipou que a pasta estima fechar um contrato com a Moderna para receber 13 milhões de doses da vacina do laboratório contra a Covid-19 até dezembro, com o primeiro 1 milhão de doses entregue até julho, segundo documento com o cronograma de entregas previsto pela pasta.
No comunicado nesta sexta, Franco explicou que agora “entra-se praticamente na fase final das negociações”, que consistirá na preparação da minuta de contrato pelo ministério e de mais uns detalhes administrativos que envolvem o entendimento.
“Vamos iniciar as aplicações de mais essa vacina tão logo cheguem e tenham aprovação da Anvisa, aval que também condiciona o pagamento que será realizado após a chegada de cada remessa”, afirmou.
Pelo cronograma obtido pela Reuters na quinta, ainda há a previsão de outras 50 milhões de doses da vacina da Moderna para janeiro de 2022.
A expectativa da pasta é de receber até o final do ano, em contratos firmados, compras futuras e negociações em curso, 575,9 milhões de doses de vacinas até o final do ano.
Em meio à pressão de governadores, prefeitos e da população em geral, o Ministério da Saúde tenta acelerar a aquisição de vacinas contra Covid-19 no momento em que há um recrudescimento da pandemia no país, com registro de recordes nos últimos dias de mortes e casos.
Somente cerca de 3,5% da população brasileira foi vacinada até o momento.
Esta semana, o Ministério da Saúde formalizou a intenção de compra de 38 milhões de doses da vacina da Janssen e outras 100 milhões de doses do imunizante da Pfizer — este último o único que, até o momento, já possui registro definitivo de uso na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por ora, apenas as vacinas CoronaVac e Oxford-AstraZeneca têm sido inoculadas em público prioritários, após terem recebido autorização para uso emergencial do órgão regulador brasileiro.