A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou, na terça-feira (12), que 9,2 mil casos de varíola dos macacos foram confirmados até o momento. Segundo a entidade, 63 países já relataram a presença da doença e a Europa continua sendo a região mais afetada, com cerca de 80% do total de notificações.
“Estamos trabalhando em estreita colaboração com a sociedade civil para combater o estigma em torno do vírus e espalhar informações para que as pessoas possam se manter seguras. Também estamos em contato com países e fabricantes para coordenar o compartilhamento de vacinas, que atualmente são escassas”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.
A recente explosão de casos de varíola dos macacos fez com que o vírus fosse avaliado como moderado, uma vez que essa é a primeira vez que as infecções são relatadas simultaneamente em quase todo o mundo. A ampla disseminação das ocorrências indica que o vírus circulou abaixo dos níveis detectáveis pelos sistemas de vigilância.
Devido ao alto alcance geográfico, o Comitê de Emergência da OMS marcou uma reunião sobre a varíola dos macacos para determinar a gravidade da crise sanitária provocada pela doença. O encontro, programado para o dia 18 de julho, também deverá contar com negociações para aumentar o desenvolvimento de pesquisas e a produção e distribuição de vacinas.
“Ressalto novamente que devemos trabalhar para interromper a transmissão da varíola dos macacos e aconselhar os governos a implementar o rastreamento de contato para ajudar a rastrear e conter o vírus, bem como para ajudar as pessoas isoladas”, recomendou Adhanom.
No Brasil, o Ministério da Saúde já confirmou 218 casos da doença, sendo a maioria nos estados de São Paulo (158) e Rio de Janeiro (33). Na última semana, o Instituto Butantan criou um comitê para analisar a produção de uma vacina contra a varíola dos macacos, previamente desenvolvida na década de 70.
Informações de SBT News