IBGE diz que realizar Censo em 2021 depende de avanço da vacinação contra Covid

Por Ricardo Brito

Edifício do Ministério da Economia, em Brasília

BRASÍLIA (Reuters) – O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) afirmou em manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a realização do Censo de 2021 depende do avanço da vacinação contra Covid-19 e pediu à Corte que analise adiar a pesquisa populacional para o próximo ano.

O plenário virtual do Supremo começou a analisar se confirma uma liminar dada pelo ministro Marco Aurélio Mello no final de abril que determinou ao governo federal que adote providências para a realização do Censo neste ano, após o Ministério da Economia alegar que a pesquisa populacional estava cancelada devido a cortes orçamentários.

Em manifestação ao STF, o IBGE listou uma série de aspectos a serem avaliados para se manter o Censo neste ano, como a revisão do cronograma e a disponibilidade orçamentária. Além disso, deu destaque para a pandemia de Covid-19.

“Além dos aspectos acima registrados, há que ser considerada também a evolução da pandemia, vez que a permanência em níveis altos nos meses de junho e julho impedirá a realização da aplicação das provas dos processos seletivos, como já ocorreu no mês de abril, e também a necessidade de imunização das equipes de campo com pelo menos dois a três meses e meio de antecedência da data de início da coleta, dependendo da vacina”, disse o instituto.

O órgão destacou que “dados os aspectos negativos” apontados para se realizar o Censo neste ano, alternativas para se realizar a pesquisa no próximo ano devem ser consideradas.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a decisão de não alocar recursos para o Censo no Orçamento foi do Congresso e estaria relacionada à pandemia da Covid-19, que dificultaria o trabalho em campo de pesquisadores do IBGE.

Após o Congresso aprovar o Orçamento, no final de março, reduzindo de 2 bilhões de reais para 72 milhões de reais a previsão de despesas com o Censo, a então presidente do IBGE, Susana Guerra, pediu demissão do cargo, citando motivos pessoais.

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