Número de mortos por causa das chuvas sobe para 91 em Pernambuco

BRASÍLIA (Reuters) – As mortes decorrentes das intensas chuvas e deslizamentos chegaram a 91 em Pernambuco, de acordo com balanço do governo do Estado divulgado na manhã desta segunda-feira que contabiliza registros desde a quarta-feira passada.

Além dos óbitos, há ainda 26 pessoas desaparecidas. O local das principais ocorrências foi a região metropolitana de Recife.

Nesta segunda, o presidente Jair Bolsonaro fez um sobrevoo de helicóptero em parte das áreas atingidas, mas afirmou depois à imprensa que não podia pousar devido à inconsistência do solo.

Em sua fala, Bolsonaro criticou o governador estadual, Paulo Câmara (PSB), por não ter tido “iniciativa”.

“Em todo momento que os governadores e prefeitos nos procuraram, atendemos. Acho que faltou iniciativa da parte dele também. Se o governador estava fazendo outra coisa, eu não sei, não vamos politizar essa questão. No momento de crise você vai atrás para ajudar, não fica esperando ser chamado dentro de casa”, disse.

Para o presidente, o governador, no momento de crise, tem que “esquecer questões políticas, arregaçar as mangas e não fazer política em cima da desgraça de alguns, como infelizmente aconteceu, que perderam parentes”.

“Caso o governador estivesse presente, ele poderia expor com mais propriedade a situação e fazer algumas solicitações para nós. Resolveu ficar em casa, a pandemia já acabou. Mas mesmo assim, se o governador ligar, eu atendo, assim como todos que me ligaram”, reforçou.

O governador rebateu as declarações do presidente. “Não vou comentar ato político. Nosso foco está no atendimento à população e no apoio aos municípios. Estamos no meio de uma emergência, com 26 pessoas ainda desaparecidas. Toda ajuda para o povo de Pernambuco será sempre bem-vinda”, disse.

Em postagens nas redes sociais, Paulo Câmara acompanha o trabalho de resgate de vítimas e destacou os 100 milhões de reais liberados para obras das áreas atingidas.

Bolsonaro disse também que, desde o início, as Forças Armadas foram as primeiras a serem mobilizadas, a despeito de qualquer solicitação, e depois os demais ministérios envolvidos.

De concreto, autoridades federais citaram que há 1 bilhão de reais em créditos liberados para respostas emergenciais e outros 500 milhões de reais para reconstrução. O anúncio da liberação desses recursos ocorreu meses atrás, quando das tragédias anteriores na Bahia e em Minas Gerais.

O governo federal também vai permitir aos atingidos o saque imediato do FGTS e, sob determinadas circunstâncias, o recebimento imediato do BPC, o benefício de prestação continuada.

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