O policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal Marcelo Arruda durante a festa de aniversário da vítima, em Foz do Iguaçu, chegou no Complexo Médico Penal de Pinhais pouco antes das três horas da madrugada deste sábado (13), segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp), após a Justiça revogar a a prisão domiciliar do réu.
A defesa do policial penal afirmou, em nota, que a prisão dele é ‘ilegal e desumana’ e alega que só deve ser colocado em detenção preventiva o réu que representa um risco à sociedade, pode fugir ou atrapalhar a produção das provas, condição que, segundo os advogados, não se enquadra no caso de Guaranho.
A Secretaria da Segurança Pública (SESP) informou que por conta do estado de saúde do policial, não foi possível fazer o exame de lesão corporal pelo Instituto Médico Legal (IML), procedimento padrão após a prisão. Ele foi avaliado por uma equipe médica que estava de plantão.
O policial penal está em uma maca hospitalar, em uma cela especial para policiais, e passa bem, segundo a SESP.
Guaranho deixou Foz do Iguaçu no final da tarde de sexta-feira (12). Ele foi transportado em ambulância e escoltado por policiais do Setor de Operações Especiais (SOE), do Departamento de Polícia Penal.
O policial penal estava internado desde o dia do crime (9 de julho). Após balear Marcelo Arruda, o guarda municipal revidou e atingiu Guaranho. Na última quarta-feira (10), o réu recebeu alta e foi para casa após o Poder Judiciário autorizar a prisão domiciliar. No fim da tarde desta sexta (12), no entanto, a decisão foi revogada.
Confira a nota da SESP:
“A Secretaria da Segurança Pública informa que o médico receitou dieta pastosa, visto que o réu apresentou dificuldade para mastigação. Os curativos foram refeitos pela equipe de enfermagem e seu quadro é estável. Ele passará por tratamento de reabilitação fisioterapêutica diariamente, de segunda a sexta-feira, no Complexo Médico Penal. Caso apresente outras necessidades, poderá ser assistido por equipes multidisciplinares no local ou escoltado em outros centros de saúde. Ele está em uma maca hospitalar em cela especial para policiais, próxima ao posto de enfermagem daquela ala, juntamente com outro detento da área da segurança.
O paciente passa bem. Para ele foi prescrito medicamento para dor. Está sendo atendido por médico e equipe de enfermagem.”
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