Metaverso e a educação

Por Renato da Costa

Foto: Adobe Stock

O tema metaverso diz respeito a uma realidade aumentada com a realidade virtual, ou ainda uma espécie de realidade virtual compartilhada. Para muitos, ainda um mistério, ficção científica, ou coisas do gênero.

Mas, segundo especialistas, o metaverso permite experiências em espaços virtuais, como por exemplo nos vídeo games o que já acontece há um bom tempo. Agora, em se tratando da educação, o que pode ser novidade no processo de ensino aprendizagem?

Certamente o ambiente de aprendizagem será muito mais dinâmico, atraente e poderá colocar o aluno em contato com experiências diversas, como por exemplo, montar uma maquete virtual, participar de um experimento de laboratório como se estivesse presente, a visita a um museu histórico passando pelas galerias e ouvindo o professor explicar sobre as obras de arte, uso jogos educativos, e a possível integração de livros digitais ao metaverso.

A educação precisa estar mais conectada ao mercado de trabalho e, nesse sentido, o desenvolvimento de habilidades digitais e as chamadas soft skills (conjunto de habilidades comportamentais) passarão a ter cada vez mais valor no processo de recrutamento e seleção de pessoas pelas empresas.

Outro ponto considerado positivo a respeito do metaverso, é redução das distancias, pois permite o acesso remoto diminuindo as necessidades de deslocamento. É um caminho sem volta e que, no longo prazo poderá tornar a educação mais inclusiva. Ainda assim, a realidade brasileira está muito longe de favorecer o uso da ferramenta do metaverso.

A pandemia escancarou a disparidade entre o ensino público e o privado. O acesso às tecnologias digitais parece ser uma realidade muito distante da população de baixa renda o que torna a missão hercúlea. Escolas sem infraestrutura adequada, a falta de dispositivos móveis, tablets e desktops, e subsídio à internet por parte do poder público e a formação do corpo docente, são apenas alguns dos problemas existentes em uma lista já consagrada e repetitiva.

É apenas o início de uma longa jornada e que, requer mudanças pontuais e urgentes por parte do poder público em suas três esferas. Em relação aos professores, serão exigidas qualificações para trabalhar com a nova realidade que bate a porta, o que envolve mudança de atitude e comportamento. Afinal de contas, um cenário inovador requer experienciar e vivenciar as novas possibilidades, porém, muitas perguntas ainda permanecem sem respostas!

Sobre o autor

Renato da Costa é graduado em Administração, pós-graduado em Administração Estratégica, Mestre e Doutor em Administração, com estágio de Pesquisa e Docência na Universidad Jaume I no Sul da Espanha em 2017, Pós-Doutorando em Gestão Urbana. É membro da ACCUR-Academia de Cultura de Curitiba, membro associado da Academia Paranaense da Poesia, professor há 17 anos, escritor.

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