Dois estudos internacionais apontam que a vacina contra covid-19 CoronaVac contribui para a queda no número de casos e mortes na população, principalmente em idosos. De acordo com os dados, o imunizante, que é produzido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac, é eficiente contra as variantes delta e ômicron do vírus e segura para todos os públicos.
Em Hong Kong, uma pesquisa realizada pela Universidade de Hong Kong mostra que a dose de reforço da vacina do Butantan tem uma efetividade de 98% na proteção de idosos contra casos graves e mortes por covid-19, mesmo durante o surto da variante ômicron. Na população com mais de 80 anos, a terceira dose protegeu 96,6% contra o mesmo desfecho.
O estudo, publicado na plataforma de preprints MedRxiv, foi conduzido entre os meses de dezembro de 2021 e março de 2022 com o objetivo de investigar a eficácia de duas e três doses da CoronaVac e da Pfizer. Na comparação de resultados, com duas doses, o imunizante do Butantan protegeu 74% dos pacientes acima dos 60 anos contra doença grave e óbito. Com a terceira dose, o número subiu para 98%.
Já na Colômbia, uma pesquisa de mundo real demonstrou efetividade de 72,1% da vacina contra óbitos nas pessoas com mais de 60 anos. De acordo com o artigo científico publicado na The Lancet Healthy Longevity, menos de 1% da população imunizada com a CoronaVac morreram ou precisaram ser hospitalizadas por consequências da doença.
Os pesquisadores estudaram na Colômbia dados de mais de 2,8 milhões de pessoas entre março e outubro de 2021, que em certo período tinham a delta como a variante dominante nos casos da doença.
Um ponto importante a se destacar, no entanto, é que todas as vacinas têm uma queda na imunidade após um período específico, principalmente na população idosa, que possui uma resposta imune mais lenta.
“Os primeiros vacinados, que no Brasil foram os profissionais de saúde e população idosa, vão ser os primeiros a ter queda na imunidade. A resposta imune dos idosos, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades não é a mesma das outras pessoas, mas isso não é exclusivo para a CoronaVac, tem a ver com o grupo de risco”, explica o imunologista do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo Gustavo Cabral.
Informações de SBT News