Temperaturas recordes atingem Europa com incêndios florestais no sul

LONDRES/MADRI (Reuters) – A previsão é que o Reino Unido tenha temperaturas chegando a 40 graus Celsius pela primeira vez nesta terça-feira, após sua noite mais quente já registrada, enquanto incêndios florestais assolam o interior da França, Espanha e outros lugares.

À medida que uma onda de calor que se instalou no sul da Europa na semana passada avançou para o norte, Alemanha e Bélgica também se preparavam para temperaturas potencialmente recordes, com muitos cientistas culpando a mudança climática.

Enquanto a temperatura voltou a níveis mais normais de verão na Espanha e em Portugal, os bombeiros em ambos os países ainda estavam lutando contra vários incêndios.

O Reino Unido foi colocado em estado de alerta de “emergência nacional”, em meio a temperaturas que pareciam superar o recorde anterior de 38,7°C registrado em 2019, com o calor extremo interrompendo viagens, já que alguns trens foram forçados a parar e voos foram cancelados.

“Vimos uma quantidade considerável de interrupções nas viagens”, disse o ministro dos Transportes, Grant Shapps, à BBC.

“Provavelmente veremos o dia mais quente já registrado no Reino Unido hoje, e a infraestrutura, grande parte construída desde os tempos vitorianos, simplesmente não foi construída para suportar esse tipo de temperatura.”

Um estudo publicado por cientistas climáticos em junho na revista “Environmental Research: Climate” mostrou que era altamente provável que as mudanças climáticas estivessem piorando as ondas de calor.

Com as mudanças climáticas causadas pelo homem provocando secas, espera-se que o número de incêndios florestais extremos aumente 30% nos próximos 28 anos, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) de fevereiro de 2022.

Mais de 30 incêndios florestais continuaram a devastar partes da Espanha, com as autoridades prestando atenção especial a quatro incêndios em Castela e Leão e na Galícia.

Em Losacio, na província de Zamora, onde duas pessoas morreram e três ficaram gravemente feridas, mais de 6.000 pessoas em 32 vilas foram retiradas.

Imagens de TV dramáticas mostraram chamas e nuvens de fumaça subindo no céu noturno perto da cidade de Tabara, em Zamora.

Até agora este ano 70.000 hectares foram queimados no país, cerca de duas vezes a média da última década, mostraram dados oficiais antes da onda de calor.

Em Portugal, cerca de 50 municípios, principalmente nas regiões centro e norte, ainda enfrentam “risco máximo” de incêndios florestais, segundo o instituto meteorológico IPMA.

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