Atendendo pedido formulado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) de Terra Roxa, no Oeste do Estado, a Justiça determinou que um coveiro do Cemitério Municipal seja afastado provisoriamente da função. Ele e o filho foram denunciados pelo MPPR pelos crimes de corrupção passiva e vilipêndio de cadáver. Ambos também foram proibidos de se aproximar do cemitério e de algumas pessoas (vítimas de pedidos de vantagens indevidas e funcionários de uma funerária que presta serviços ao Cemitério Municipal).
Conforme a denúncia, pai e filho teriam exigido pagamento extra para realizar serviços que o coveiro deveria fazer como parte de sua função, como a exumação de cadáveres, para pelo menos duas pessoas. Além disso, os dois também teriam desrespeitado cadáveres durante o sepultamento, tratando-os com desdém e desrespeito e proferindo palavras de desprezo aos mortos.
Na denúncia, o MPPR relata que o filho do coveiro, mesmo não sendo funcionário público, prestava serviços no cemitério com o pai e cobrava os serviços da população, tanto diretamente quanto por meio do pai, que se aproveitava assim do cargo público para realizar os serviços que ele prestava nessa condição. Assim, os denunciados teriam se aproveitado da situação para obtenção de vantagens indevidas.
Recentemente, houve a terceirização dos serviços prestados no Cemitério Municipal, e os denunciados passaram a dificultar o trabalho da funerária contratada pelo Município. O MPPR denuncia que eles abordavam familiares dos mortos para oferecer serviços no cemitério e pedir a compra de materiais para sua execução. Além disso, teriam passado a ofender os funcionários da empresa.