Bruno Guilherme, procurado por assassinar a jovem Ketlin Vitória Martins Chagas no sábado de Natal (25), pode ter recebido ajuda de amigos. A informação foi divulgada pelo delegado responsável pela investigação do caso, Mário Sérgio Bradock, em entrevista ao Tribuna da Massa.
Ele confirmou que um rapaz pegou roupas na casa do suspeito para levar até o local do esconderijo. “A gente está monitorando o andar dele até sair o mandado de prisão, ele é um avião com pouca gasolina e esse avião vai cair com ele dentro”, sinaliza o delegado. Bradock também afirma Bruno ludibriou a vítima, fingindo ter um comportamento passivo para que ela fosse ao seu encontro.
No último dia 25, o suspeito comemorava seu aniversário em um pesque-pague de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, e convidou a ex-namorada para a festa. Ketlin, que tinha terminado o relacionamento com Bruno Guilherme há pouco tempo e estava com outro rapaz, aceitou o convite e chegou a tirar fotos com seu algoz. Pouco tempo depois, eles se afastaram dos outros convidados, mas testemunhas disseram ter ouvido uma discussão. Em seguida, Ketlin levou sete facadas e morreu no local do crime.
“Talvez, ela tenha ido nesse aniversário para tentar deixar ele mais calmo para ele não criar problema, mas ele interpretou errado e achou que ela estava querendo voltar com ele”, supõe o delegado. “Ele é um cara problemático e estava tentando ludibriar a menina para ficar com ele. Mas ele já tinha passagens, tacou fogo na casa de outra namorada dele”, completa Bradock, ressaltando que já havia medida protetiva contra o suspeito por causa de seu comportamento agressivo.
Depois do crime, o suspeito pegou o celular de Ketlin e mandou mensagens de áudio para o atual namorado da vítima confessando o crime e ameaçando-o de morte. “Me traiu, sete facadas levou a lazarenta agora. E o próximo é você, cara, o próximo é você, seu nóia”, diz Bruno na mensagem. Pouco tempo depois, ele passa o endereço de sua casa e chama o rapaz para a briga.
A Polícia Civil já pediu a prisão preventiva de Bruno Guilherme e aguarda a Justiça expedir o mandado de prisão. Enquanto isso, outras pessoas já prestaram depoimento e o inquérito pode ser concluído nos próximos dias. O suspeito ainda não se apresentou à polícia e continua sendo procurado pelas autoridades da RMC.
Colaboração Douglas Bandeira/Rede Massa.