Após mal-estar entre CPI e militares, Pacheco fala com ministro e diz que caso está encerrado

Por Maria Carolina Marcello

REUTERS/Adriano Machado

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta quinta-feira, após conversar com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, que o mal-estar ocorrido entre a pasta, as Forças Armadas e o presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), foi esclarecido e está encerrado.

Segundo Pacheco, na conversa com o ministro na manhã desta quinta-feira, foi reafirmada a importância do diálogo e do respeito mútuo entre as instituições, algo que, para o senador configura “base do Estado Democrático Direito” e “que não permite retrocessos”.

“Deixei claro o nosso reconhecimento aos valores das Forças Armadas, inclusive éticos e morais, e afirmei, também, que a independência e as prerrogativas de parlamentares são os principais valores do Legislativo”, publicou o presidente do Legislativo em seu perfil no Twitter.

“O episódio de ontem, fruto de um mal-entendido sobre a fala do colega senador Omar Aziz, presidente da CPI, já foi suficientemente esclarecido e o assunto está encerrado.”

As declarações de Aziz ocorreram na véspera, durante o depoimento do ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias, acusado de participação em suposto esquema de propina na compra de vacinas contra a Covid-19 que teria o envolvimento de integrantes das Forças Armadas.

Na ocasião, o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), afirmou que “as Forças Armadas, os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”.

A fala gerou reação quase imediata e, em nota, o ministro da Defesa e os comandantes das Forças Armadas repudiaram as declarações de Omar por considerarem que desrespeitam os militares e generalizam “esquemas de corrupção”.

“Essa narrativa, afastada dos fatos, atinge as Forças Armadas de forma vil e leviana, tratando-se de uma acusação grave, infundada e, sobretudo, irresponsável”, diz a nota assinada pelo ministro da Defesa e os comandantes das Forças Armadas.

Mais tarde, Aziz afirmou em plenário que sua fala foi “pontual” e não foi “generalizada”, referindo-se, por exemplo, a Dias, que é ex-sargento da Aeronáutica, e a outros integrantes da pasta possivelmente envolvidos no suposto esquema de irregularidades. O senador considerou a nota da Defesa “desproporcional” e cobrou de Pacheco que tivesse uma posição mais incisiva para defender um senador ao identificar uma tentativa de intimidação.

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